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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aonde vais, Igreja? Leitura das novas Diretrizes Gerais da CNBB‏

Aonde vais, Igreja? Leitura das novas Diretrizes Gerais da CNBBPaulo Suess
Missiólogo e assessor teológico do Cimi
Adital
No início da Via Appia Antica, na saída de Roma, se encontra a pequena Igreja Quo vadis, Domine ("Aonde vais, Senhor?”). Ela lembra a lenda de uma fuga e a história de uma perseguição. Segundo a lenda, o apóstolo Pedro teria fugido das perseguições do imperador Nero (54-68) e se encontrou, no perímetro da Quo-vadis-Domine, com Jesus ressuscitado. À pergunta de Pedro "Aonde vais, Senhor?”, Jesus teria respondido "vou a Roma para ser novamente crucificado”. Neste exato momento, em que o afrouxamento do espírito de pertença à Igreja Católica aponta a diferentes razões de fuga, a CNBB procurou em suas "Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, 2011-2015” (DGAE 2011) responder à pergunta: "Aonde vais, Igreja?”
1. Do objetivo geral
Para nossa reflexão sobre caminhar histórico e direção contemporânea da Igreja no Brasil pode ser fecundo comparar o objetivo da XVII Assembleia Geral da CNBB, de abril de 1979, com os objetivos das DGAE de 2008 e de 2011. O Objetivo geral de 1979 rezava:
1979Evangelizara sociedade brasileira em transformação,
a partir da opção pelos pobres,
pela libertação integral do homem,
numa crescente participação e comunhão,
visando à construção de uma sociedade fraterna,
anunciando assim o Reino definitivo.
Se colocarmos o novo Objetivo geral das Diretrizes de 2011 ao lado do Objetivo de 2008 e compararmos ambos com o de 1979, temos uma informação "objetiva” sobre mudanças significativas e continuidades a longo e curto prazo. Nos Objetivos de 2008 e 2011, com ênfase no discipulado missionário, percebe-se a influência de novos setores e movimentos. Estes, nos últimos anos, ganharam força na Igreja Católica, influenciaram fortemente o evento de Aparecida (2007) e se sintonizaram mais com o discurso universal, genericamente romano, do que com os contextos geográficos, onde deveriam estar enraizados:



2008
2011
Evangelizar,a partir do encontro com Jesus Cristo,
como discípulos missionários,
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobrespromovendo a dignidade da pessoa,
renovando a comunidade,
participando da construção
"para que todos tenham vidae a tenham em abundância” (Jo 10,10).
Evangelizar,a partir de Jesus Cristo,
na força do Espírito Santo
como Igreja discípula, missionária e profética,
alimentada pela Palavra de Deus
e pela Eucaristia,
à luz da evangélica opção preferencial pelos pobrespara que todos tenham vida (cf. Jo 10,10)rumo ao Reino definitivo.
A continuidade verbal das DGAE está na própria evangelização, na opção pelos pobres e no anúncio do Reino de Deus e da Vida. As mudanças significativas que se percebem nos Objetivos gerais de 2011 se encontram em seu cunho nitidamente introvertido. A Igreja das Diretrizes gira em torno de si mesma e perdeu, aparentemente, o horizonte da "libertação integral do homem” (1979) e da "construção de uma sociedade justa e solidária” (2008) de outros tempos. As palavras-chave, na ordem das Diretrizes de 2011 são: evangelizar, Jesus Cristo, Espírito Santo, Igreja discípula, missionária e profética (sem respaldo significativo no próprio texto das Diretrizes), Palavra de Deus, Eucaristia, (finalmente!) a opção preferencial pelos pobres, vida e Reino.
Há uma divergência sobre o ponto de partida para a evangelização: evangelizar "a partir da opção pelos pobres” (1979) ou evangelizar "a partir de Jesus Cristo” (2011) que alguns bispos consideram uma tautologia. Evangelizar a partir da realidade social ou da revelação e doutrina? O "a partir de” pode apontar para um ponto de partida geográfico-social ("a partir do lugar dos pobres”) ou para uma fonte doutrinal ("a partir de Jesus Cristo”). Não devemos confundir "lugar” com "fonte”. Para definir o uso da fonte doutrinal, precisa-se dizer antes a partir de que lugar sociogeográfico se faz uso daquela fonte. A fonte é um instrumento a serviço da causa dos pobres. "Fonte” e "lugar” apontam para níveis diferentes. Uma solução atenuante se oferece através da aproximação de Jesus Cristo aos pobres, portanto, da "fonte” ao "lugar”, como está implícito no "julgamento das nações”, de Mt 25,31-46.
O Objetivo geral das DGAE 2011 aponta para essa discussão de fundo, que é uma discussão semântica e metodológica. Ela procura esclarecer o conceito de realidade e versa sobre a aceitação da metodologia do ver, julgar, agir e da precedência do "lugar social” ante a "fonte doutrinal”.
2. Da realidade
Na 5ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida (2007), o papa Bento XVI assumiu essa questão e tranquilizou o ambiente, dando, aparentemente, razão a gregos e a troianos. Deve-se, antes de tudo, saber que a metodologia do ver-julgar-agir não é uma invenção da Teologia da Libertação. Trata-se de uma herança da Juventude Operária Católica (JOC), da Bélgica, assumida pelo papa João XXIII, em sua Carta Encíclica Mater et Magistra, de 1961 (MM 236). Por conseguinte, Bento XVI, em Aparecida, não teve mais a possibilidade de rejeitar a metodologia do ver, julgar, agir, mas introduziu nela acréscimos significativos.
A análise da realidade, em documentos eclesiais latino-americanos, está muito ligada ao lugar da "opção preferencial pelos pobres”. No Objetivo geral das DGAE 2011, a opção preferencial pelos pobres está no último lugar possível e seu conteúdo fica aquém da proposta de Aparecida que deu um novo peso a essa opção explicando o significado do "preferencial”, nas DGAE apenas formalmente citada (69): "Que seja preferencial implica que deva atravessar todas as nossas estruturas e prioridades pastorais” (DAp 396).
A opção pelos pobres e pelos "outros” nos coloca em meio a conflitos centrais da humanidade, conflitos que exigem discernimentos e "análise da realidade”. Discernir quer dizer distinguir entre diferentes níveis dessa realidade. Nas Diretrizes de 2011, essa realidade é descrita com certo pessimismo. As "marcas de nosso tempo”, segundo as Diretrizes, são transformações profundas. Em tempos desnorteadores (20) perdemos valores, referenciais e critérios. Tudo isso produz: relativismo, fundamentalismo, laicismo militante contra a Igreja, irracionalidade midiática, amoralismo generalizado (20). Somos dominados por leis do mercado, lucro, bens materiais, hedonismo, sucesso pessoal, individualismo. As Diretrizes acrescentam ainda como "marcas de nosso tempo”: corrupção, violência, narcotráfico, emocionalismo, sentimentalismo, utilitarismo (21 e 22).
O tópico dos "sinais dos tempos”, as Diretrizes mencionam duas vezes (24, 140), sem apontar para seu conteúdo. Quais são esses sinais dos tempos? Qual é seu significado? De fato, a Igreja das Diretrizes não soube nomear os sinais do tempo de hoje. Preocupações internas dificultam a percepção daquilo que Deus nos quer dizer através do mundo. Essa incapacidade de ver Deus atuar fora da Igreja nos faz lembrar a gigantesca coragem de João XXIII que, em sua Carta Encíclica Pacem in Terris (1963), soube ler os "fenômenos [que] caracterizam a nossa época” como "sinais dos tempos”: a emancipação da classe operária, das mulheres e dos países colonizados (cf. PT 39ss), o reconhecimento crescente dos "laços comuns da natureza” que unem a humanidade (PT 126-129) e a Declaração Universal dos Direitos do Homem (PT 142ss).
Em seu Discurso Inaugural (DI) da Conferência de Aparecida, Bento XVI sublinhou a base cristológica da opção pelos pobres. Repetidas vezes o DAp cita essa parte do DI (148, 392, 405, 505). A articulação cristológica e, em sua consequência, trinitária da opção pelos pobres faz dessa opção, e de seus desdobramentos concretos, não só imperativos pastorais irrevogáveis, mas premissa da teologia latino-americana e de sua análise da realidade. Isso nos permite escutar as perguntas de Bento XVI sobre a realidade em geral, a partir da nossa realidade latino-americana e caribenha: "O que é esta `realidade´? O que é o real? São `realidade´ só os bens materiais, os problemas sociais, econômicos e políticos?” Os sistemas marxistas e capitalistas "falsificam o conceito de realidade com a amputação da realidade fundante, e por isso decisiva, que é Deus”. E o papa continua: "Só quem reconhece Deus, conhece a realidade e pode responder a ela de modo adequado e realmente humano”.
Pelo bem da verdade temos que acrescentar que não só sistemas ateístas, mas também religiões e, inclusive o cristianismo, podem responder inadequadamente aos reclamos da realidade. Em seguida temos de admitir que nessa visão da realidade se trata de uma mescla de dois níveis de realidade, de uma teológica sobreposta a uma sociológica.
Entretanto, é possível, numa teologia contextual articular os dois níveis da realidade, nos termos cristológicos de Calcedônia, sem confusão (inconfuse) e sem separação (indivise). O Cristo da fé assumiu como Jesus de Nazaré a cruz, que nos protege "da fuga para o intimismo”, como disse o papa, e de interpretações ideológicas da realidade. A análise da realidade com a premissa da opção pelos pobres, que significa "ver Deus nos rostos dos pobres”, não permite o abandono da realidade sociológica nem a sua redução aos grandes problemas econômicos, sociais e políticos. Mas, igualmente, não permite voltar a um Credo desencarnado ou a um Pai-Nosso sem pensar o "pão nosso” de toda a humanidade.
O prefixo de uma cristologia gloriosa em documentos oficiais recentes da Igreja, quase paralelo à realidade das vítimas dos sistemas e dos crucificados da história, se torna repetitivo, cansativo e distante do povo de Deus. Esse povo de Deus que, provavelmente, não se reconhece nas Diretrizes, ama Jesus e se reconhece, sobretudo, em Jesus crucificado. A Igreja precisa reaprender a falar de Jesus crucificado nos pobres. Nos DGAE 2011, a cruz aparece duas vezes (5, 69) e apenas uma vez essas Diretrizes falam do martírio (3).
3. Da estrutura
A 49ª Assembleia Geral, de 2011, considerou sumariamente "a mudança de época como maior desafio” (27). O tópico da "mudança de época” faz, no mínimo, dez anos que aparece em documentos eclesiais. Na estrutura das DGAE 2011 não somos mais confrontados com desafios do mundo, mas com cinco urgências da Igreja na ação evangelizadora, urgências que representam escolhas caseiras e reparos institucionais dos estragos que a mudança de época causa às Igrejas. Eis as cinco urgências que no IV capítulo das Diretrizes se tornam cinco "perspectivas de ação”:
(1) Igreja em estado permanente de missão;
(2) Igreja: casa de iniciação à vida cristã;
(3) Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral;
(4) Igreja: comunidade de comunidades;
(5) Igreja a serviço da vida plena para todos.
Como a "opção preferencial pelos pobres” no Objetivo geral, também a verdadeira razão de ser da Igreja, estar "a serviço da vida plena para todos”, se encontra em último lugar nas perspectivas de ação. O quê é realmente urgente na Igreja? Urgente é o grito dos pobres, a dor dos excluídos, a cruz dos injustiçados! O resto são tarefas permanentes (estado permanente de missão, iniciação à vida cristã, animação bíblica, construção de comunidades). Com as urgências, os autores das DGAE não conseguem, como é a sua intenção, "ultrapassar uma pastoral de mera conservação ou manutenção para assumir uma pastoral decididamente missionária, numa atitude que, corajosa e profeticamente, [Aparecida] chamou de conversão pastoral” (DAp 370, DGAE 2011 n. 26).
Não podemos trocar desafios por urgências! E as Diretrizes admitem que as urgências elencadas nem sempre correspondam aos desafios reais (131). A urgência das DGAE 2011 aponta, como uma espécie de PAC (Programa de Aceleração dos Católicos) eclesial apenas para a velocidade, não para o caminho. Pela falta de recursos e agentes de pastoral nas periferias das nossas grandes cidades, os ministros que restam se tornaram, muitas vezes, missionários e missionárias de Fórmula 1, sobrecarregados com tarefas e distâncias. Estão "na onda” da aceleração exigida pelo mercado e agora pelas DGAE.
No conjunto das Diretrizes não falta uma cesta básica de desafios. O que falta é a devida priorização. Todos os desafios são subordinados à "mudança de época como o maior desafio a ser atualmente enfrentado” (27, cf. 26): educação na fé (40, 98), ambientes virtuais (59), mundo plural, globalizado, urbanizado e individualista (60), diversificação dos ministérios leigos, a vida dos abandonados, excluídos, ignorados em sua miséria e dor (66). As Diretrizes elencam ainda outros desafios: juventude (81), ecumenismo (82), diálogo interreligioso (83), missão ad gentes (84), testemunho de Cristo e dos valores do Reino (91), aproximação entre fé e razão (117).
Como já mencionamos, as urgências, que representam as partes centrais das DGAE (capítulo III e IV), são precedidas por uma reflexão cristológica, como ponto de partida (capítulo I), e por "Marcas de nosso tempo” (capítulo II). O capítulo V propõe a operacionalização dessas urgências nas Igrejas particulares através de "um processo de planejamento”. Para este propõe sete passos metodológicos, que as próprias DGAE nem sempre seguem.
Aos sete passos metodológicos correspondem sete perguntas: Onde estamos (1)? Onde precisamos estar (2)? Quais são as urgências pastorais (3)? O que queremos alcançar (4)? Como vamos agir (5)? O que vamos fazer (6)? Como renovar as estruturas (7)? Infelizmente, as perguntas bem feitas não podem romper o círculo de giz eclesiocêntrico previamente estabelecido.
4. Nas entrelinhas
O que não pode ser dito na praça pública, atravessa as Diretrizes nas entrelinhas. Queria destacar algumas dessas palavras quase clandestinas que permitem uma leitura mais profunda do que funcional das DGAE. Na esteira de Aparecida, as DGAE desenvolvem um guia de densa espiritualidade para o discípulo missionário universal em torno dos substantivos "alteridade” e "gratuidade”. Aparecida nos lembrou que "na generosidade dos missionários se manifesta a generosidade de Deus, na gratuidade dos apóstolos aparece a gratuidade do Evangelho” (DAp 31). As DGAE 2011 continuam: "As atitudes de alteridade e gratuidade marcam a vida do discípulo missionário de todos os tempos. Alteridade se refere ao outro, ao próximo, àquele que, em Jesus Cristo, é meu irmão ou minha irmã, mesmo estando do outro lado do planeta” (8). As DGAE, quando falam do outro como irmão e do apostolado como graça, enfatizam, em determinados enxertos, a fonte cristológica: "Gratuidade e alteridade são, portanto, modos de compreender o que há de mais decisivo em Jesus Cristo: a saída de si, rumo à humanidade [...]” (12).
Na acolhida do outro acolhemos Jesus e na acolhida de Jesus, que se fez Palavra do Pai, acolhemos o outro (cf. 50s). As diferenças nos convidam "ao respeito mútuo, ao encontro, ao diálogo, à partilha e ao intercâmbio de vida e à solidariedade” (ibd.). O intercâmbio da vida é prefigurado em Jesus e se resume nas palavras "doação”, "desprendimento” e "esvaziamento” (16). Por conseguinte, "todo relacionamento é [...] chamado a acontecer na gratuidade. À semelhança de Cristo Jesus que, saindo de si, foi ao encontro dos outros, nada esperando em troca (cf. Fl 2,5ss)” (9). O discípulo missionário "é chamado a profeticamente questionar, através de suas escolhas e atitudes, um mundo que se constrói a partir da mentalidade do lucro e do mercado” (DGAE n. 9). A gratuidade corta "a raiz mais profunda da violência, da exclusão, da exploração e de toda discórdia” (9). Ela é a "vitória sobre a ambição” (69). Num mundo dominado por lucro e mercado, por vingança e ressentimento, a acolhida gratuita do outro significa despojamento e perdão. São atitudes proféticas que fazem parte de um mundo novo, do outro mundo que é possível, do Reino de Deus no meio de nós (cf. 9s, 140).
Gratuidade e alteridade lembram o que já foi dito no documento "Evangelização e missão profética da Igreja” da 43ª Assembleia Geral, de 2005: "Evangelizar é uma ação eminentemente profética, anúncio de uma Boa-Nova portadora de esperança. A profecia será, pois, a forma mais eficaz de anunciar a Boa Nova” (Evangelização e missão, cap. 1).
Aonde vais, Igreja? Não estamos indo por aí, sem rumo. As reais urgências e os verdadeiros anseios do povo de Deus revelam-se nas entrelinhas das DGAE: a Igreja profética, o reconhecimento da alteridade, a gratuidade da missão e a fidelidade a Jesus Cristo crucificado e ressuscitado no meio do povo. Aí se encontra a possibilidade de a Igreja no Brasil interromper a fuga e ser, o que deve ser: "expressão da encarnação do Reino de Deus no hoje de nossa história” (141).
Paulo Suess
Missiólogo e assessor teológico do Cimi
Adital

terça-feira, 17 de maio de 2011

Carta da PJ para os Bispos reunidos em Assembléia Geral‏

Carta da PJ para os Bispos reunidos em Assembléia Geral


Marabá-PA, 03 de maio de 2011.

“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai, e dou a minha vida pelas ovelhas.”
(Lc 10, 11.14-15)

Prezados senhores, amigos da juventude,
Bispos do Brasil,

                Que o Divino que faz morada na juventude, esteja sempre com os senhores!

É com muita alegria que nós da Pastoral da Juventude do Brasil (PJ) com estas simples palavras nos dirigimos aos nossos Pastores que estão reunidos nestes dias, sob o manto da Mãe Aparecida, por ocasião da 49ª Assembleia Geral da CNBB.
A PJ é imensamente grata ao Deus de bondade pelo dom da vida dos senhores, que no seguimento a Jesus Cristo doam suas vidas pelo bem do Povo de Deus e pelo bem da Igreja, anunciando e testemunhando Cristo e, além disso, amam a juventude e por ela dedicam parte de seu ministério episcopal.
Somos muito gratos e muitos felizes por toda preocupação dos senhores para com a evangelização da juventude em nosso país. De modo especial queremos agradecê-los mais uma vez, pelo Documento 85, aprovado em 2007, que tem sido luz a iluminar a missão evangelizadora com a juventude, que todos nós, somos chamados a realizar. Nós da PJ temos feito um grande esforço, de difundir e estudar o Documento 85 em todas as nossas instâncias organizativas.  Queremos e lutamos para que o mesmo seja assumido integralmente por todos/as que assumem a juventude como causa e por todas as forças evangelizadoras da juventude em nossa Igreja.
Há pouco mais de quatro meses a PJ do Brasil fez sua morada nas belas e acolhedoras terras de Imperatriz, MA, por ocasião da Ampliada Nacional da PJ. Em momentos de debate, estudo, oração, missão, leitura orante da bíblia e discernimento, com os olhos fixos em Jesus e na defesa da vida da juventude, avaliamos e planejamos a caminhada da PJ no Brasil. Muito nos alegrou a presença de dom Eduardo Pinheiro, nosso bispo referencial; de dom Vilson Basso, bispo referencial da juventude no regional Nordeste 5; de padre Carlos Sávio, assessor nacional do Setor Juventude, e dos demais bispos do Maranhão que nos visitaram, enriquecendo os debates de nossa Ampliada.
Na Ampliada, no desejo de fortalecer a caminhada dos Grupos de Jovens (razão de ser da PJ e sua prioridade), assumimos seis projetos nacionais:
·      Caminhos de Esperança – Formação de Lideranças e Assessores/as para acompanharem os Grupos de Jovens;
·      Mística e Construção – Atua com a espiritualidade e com a formação litúrgica, bíblica e catequética;
·      AJURI – Pauta em suas iniciativas a diversidade cultural da juventude de nosso país;
·      Teias da Comunicação – Articula e potencializa a comunicação da PJ, propondo uma comunicação pautada nos valores evangélicos;
·      A Juventude quer Viver – Pauta a defesa da vida da juventude e a participação na construção de políticas públicas de juventude; e
·      Tecendo RelaçõesDialoga com a juventude e os grupos de jovens sobre a temática da afetividade e sexualidade em sintonia com as orientações da Igreja.

Neste ano além da Ampliada Nacional, estamos vivendo a preparação do X Encontro Nacional da PJ, que acontecerá na cidade de Maringá, PR, em janeiro de 2012, onde em momentos de estudo, debate, celebração eucarística, missão e oração debateremos e refletiremos sobre o tema: “Somos Igreja Jovem!”. Tudo isso em consonância com a memória da celebração dos 50 anos do Concílio Vaticano II, com o Projeto de Revitalização da Pastoral Juvenil na América Latina, convocado e organizado pela Seção Juventude do CELAM, e com a preparação da Jornada Mundial da Juventude que poderá acontecer em nosso país no ano de 2013.
Neste ano também estamos nos preparando de forma intensa para participarmos da Jornada Mundial da Juventude, em Madri, Espanha, sendo motivados pela organização do Setor Juventude e ainda mais sabendo que Sua Santidade, o Papa Bento XVI, anunciará a boa-nova de que em 2013 o Brasil será a casa da juventude católica do mundo. Colocamo-nos a disposição para ajudar na preparação da JMJ em 2013. Queremos que a JMJ de 2011 e que a JMJ em 2013 sejam momentos singulares da caminhada da Igreja Jovem Mundial.
Nós da PJ temos realizado nos últimos meses um cadastro nacional dos grupos de jovens e dos/as assessores/as que acompanham a juventude e todas as expressões juvenis em nosso país. Estamos muito felizes com os resultados desses cadastros, pois a cada dia cresce o número de grupos e de assessores/as cadastrados.
Muito nos alegra também a preparação e realização das Atividades Permanentes das Pastorais da Juventude (Semana da Cidadania, Semana do/a Estudante e Dia Nacional da Juventude) que em sintonia com a Campanha da Fraternidade, com as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja do Brasil, com o Documento 85 e com o Documento de Aparecida refletem a realidade da juventude brasileira. A cada ano as atividades permanentes são assumidas por mais grupos de jovens, escolas, paróquias e dioceses. Segundo levantamento ainda em fase de conclusão, o último Dia Nacional da Juventude, celebrado em outubro/novembro de 2010, foi celebrado em mais de 200 dioceses.
Seguimos ainda firmes ao mandato de Cristo, que nos diz: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10) e as orientações do Documento 85, que na oitava pista de ação nos fala da garantia da vida da juventude, continuamos com a “Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens” que contribui com o grito pelo fim de todo tipo de violência que ceifa a vida da juventude em nosso país.
Em consonância com a Missão Continental traduzida para a juventude na América Latina, o Projeto de Revitalização da Pastoral Juvenil, foi e continuará sendo assumido em nossas ações para a vivência intensa como Igreja junto à juventude.
Reafirmamos também o nosso ser Igreja e nosso apoio ao Setor Juventude da CNBB, espaço de comunhão de todas as expressões comprometidas com a evangelização da juventude. Desejamos que com todas as expressões evangelizadoras da juventude possamos, por meio do Setor Juventude e no respeito a cada identidade, espiritualidade e metodologia no trabalho com jovens; defender a vida da juventude e gritarmos o Evangelho com nossas vidas, como nos dizia Dom Helder Câmara.
Fazemos votos de que a 49ª Assembleia Geral da CNBB produza muito frutos na Igreja do Brasil. Estamos em sintonia e oração para que a Assembleia corra na Paz de Deus, Pai de Amor.  Aproveitamos para agradecer a presidência da CNBB e às Comissões Episcopais que durante estes últimos quatro anos animaram a Ação Pastoral da Igreja no Brasil.
Continuamos rogando ao Deus da Vida que continue a derramar suas bênçãos sobre os senhores, que dedicam sua vida ao serviço do Reino.
Que juntos, como os discípulos missionários de Jesus Cristo, possamos ir ao encontro dos mais sofredores levando a eles o amor infinito de Deus.
Que a Virgem Aparecida, Mãe da Igreja, do Brasil e nossa Mãe, esteja sempre ao vosso lado.
Na fraternura juvenil,


Francisco Antonio Crisóstomo de Oliveira (Thiesco)
Secretário Nacional da Pastoral da Juventude
Pela Coordenação e Assessoria Nacional da PJ

Jesus Cristo ama a juventude da Evangelização da juventude - Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior

esus Cristo ama a juventude da  Evangelização da juventude

Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior fajr@pucsp.br

          Somos desafiados a permanecer em Cristo. Conectados, linkados, articulados como ramos à videira. E sobretudo, gestando vidas unidas em processo missionário permanente. É o tema para a inspiração. Nós seremos capazes de fazer brotar um rebento bonito e verdejante em nossa união a Cristo?
          A resposta é sim, se soubermos ver, convidar e acompanhar. 
Ver com amor e ver como Jesus, é o primeiro desafio. É um método e postura de vida. Quem vê o outro, já ultrapassou a si mesmo, e pode compreender a alma do segredo cristão. Ver com o olhar de Deus e permitir ser visto por Deus. A experiência tão falada hoje nos movimentos do “estar com Cristo” e “viver uma experiência profunda e única com Jesus” só pode acontecer se ao ir ao encontro dos jovens pudermos vê-los. Digo isso, pois muitos jovens hoje vivem uma situação de invisibilidade social e até (pasmem!) eclesial. Existem, mas desaparecem aos nossos olhos. Particularmente os jovens pobres e excluídos. Os bispos em Puebla, ao assumir a opção preferencial pelos jovens, nos idos de 1979 já falavam dos rostos machucados de tantos jovens latino-americanos que clamam por justiça, por amor, por dignidade e ternura. Os bispos em Aparecida, em 2007, retomam o apelo e dizem que há cinco rostos que nos fazem sofrer, “rostos que doem”. Precisamos vê-los no rosto dos jovens drogados, migrantes, dos que vivem nas ruas, dos doentes, dos presos e de tantos jovens desprezados. Sem contemplar e cuidar de seus rostos e de suas angústias, o diálogo da Igreja se tornará infrutífero. Sem mirar estes olhares e ouvir estas vozes ficamos fazendo escolhas inúteis e irrelevantes na história conflitiva de nossas sociedades. São a pedra de toque. São o rosto de Cristo que clama e conclama. São a seiva necessária para que possamos viver. Viver do olhar dos outros, como nos ensina o pensamento de gente tão bela como Martin Buber ou Kierkegaard e Immanuel Levinas, mas sobretudo Santo Agostinho, São Francisco de Assis e São João Bosco. Todos acreditaram que o rosto visto e contemplado é lugar de encontro com Deus e fonte de espiritualidade fecunda. Os jovens não sabem que são amados. Escondido nestes rostos sofridos e marcados por feridas e cicatrizes da violência que machuca demais está o próprio rosto de Deus. Ver os jovens é ver Deus. Ver Deus é viver para Ele plena e alegremente. Me vem à memória a bela frase do Bem-aventurado Charles de Foucault: “Desde o momento em que acreditei que havia um Deus, entendi que não poderia fazer outra coisa que viver somente para Ele”. 
          É hora de convidar. Depois de ver serena e profundamente, passa-se ao convite. Convite que o próprio Espírito de Jesus nos faz na liberdade e na esperança. Convite que os jovens esperam ouvir dos que já vivem em Igreja e comunidade. Convite generoso, direto, nominal. Convite feito cara-a-cara para participar, mudar o mundo e assumir desafios nas fronteiras da sociedade e da Igreja. Hoje são tantos os desafios que sempre falta gente para assumir. Convite bonito e bem feito. Nas portas das Igrejas, nas escolas, no meio da festa e até em momentos de dor. Aos jovens animados mas também aos desanimados. Aos jovens conectados mas também aos jovens solitários e sozinhos. Convite que não é assédio moral nem permite superficialidades. Convite para já e para amanhã. Convite que começa agora mas que dura a vida inteira. Convite que pode começar com um evento mas que não se esgota nisso. Convite que se torna processo de acolhida e de reconhecimento de capacidades e potencialidades. Nunca deve faltar o convite. Tantos jovens o esperam ansiosos. Nem sabem de donde mas sabem porque. A hora do convite é já. Como disse o profeta da juventude no Brasil, o querido Dom Hélder Pessoa Câmara: “O tempo urge! Não temos o direito de ser insensatos e imprudentes”. Em primeiríssimo lugar convidar as jovens negras e os jovens negros de nossos bairros e cidades. Devem ser os convidados de honra de nossos movimentos e de nossas pastorais da juventude. Também os indígenas de tantos povos e nações para que participem com a identidade e o valor de sua cultura e de seu povo da construção pluriétnica de um Brasil que queremos, fruto democrático de participação da juventude popular tantas vezes calada nestes últimos quinhentos anos. Em segundo lugar, convidar os jovens das cidades e do mundo urbano, de modo gentil e claro. Este convite deve vir acompanhado pela música. A música é a porta para o coração juvenil. Seremos felizes se estes jovens tornarem-se apóstolos de outros jovens como profetizou o querido Papa Paulo VI: “jovens apóstolos de jovens”. Hoje, diremos: jovens missionárias no mundo e no meio das muitas juventudes, nas ruas, shoppings, escolas, universidades, morros, bandas musicais, grupos de cultura popular, teatro, hip hop, e até nas Igrejas, na multiplicação de grupos de jovens articulados e animados pelo fervor missionário. 
          A etapa derradeira é o acompanhamento. Para que a árvore cresça e possa dar fruto é preciso que permaneça em Cristo, que seja cuidada e que viva da seiva abundante que vem de Deus. Devemos cuidar da planta e fazer a poda e boa águada de tempos em tempos. As vidas unidas em missão também devem preocupar-se com a organização e o trabalho em conjunto. Ser orgânicos e articulados. Ser equilibrados entre vida de trabalho e vida interior, sem dicotomia nem esquizofrenias espirituais tão freqüentes em grupos fundamentalistas na política e na religião. Não considerar-se os donos da verdade, mas querer estar na verdade. Ver com olhos amplos e dinâmicos as belezas de outros grupos, movimentos e até de outras Igrejas e grupos religiosos que não sejam os nossos. Ser fiel às nossas vocações e carismas mas nunca negar os dos outros. Ser firme na fé e na esperança mas manter o coração livre e aberto ao amor que como Espírito fecundo sopra onde quer e renova todas as coisas. Ao acompanhar nossos grupos e juventudes precisamos de firmeza permanente, de fidelidade conseqüente e de discernimento crítico. Nada se faz de qualquer modo nem de forma relapsa e desarticulada. Nossa força está na unidade plural. Não na uniformidade nem no autoritarismo de poucos. Os desafios novos são a ecologia, a ética e a sexualidade. A nova consciência juvenil diante das gerações futuras exige que nossas pastorais juvenis sejam profetas da ecologia, que assumam novas posturas e um novo jeito de estar no mundo sem desperdício, sem descartáveis e sem consumismo estéril. Jovens que não favoreçam ao aburguesamento, à vaidade e ao orgulho. Jovens que não sejam grosseiros nem violentos com outros colegas e menos ainda com mulheres e crianças. Jovens que não se permitam ser atingidos pelo vírus do machismo e do preconceito racial. Jovens mais austeros e respeitosos consigo mesmo e com o mundo em que vivemos. Jovens sustentáveis! Mas também jovens responsáveis, como nos pede um mestre da bioética, Hans Jonas, ao dizer que só a ética da responsabilidade pode salvar nosso planeta em risco. E ética que respeite o outro, o diferente e não permita ao jovem viver de arrogância e preconceito contra outros grupos humanos de nossas cidades. Jovem não pode perder-se nas malhas da violência e atacar negros, homossexuais e pobres como vemos em manchetes a cada dia em nossas metrópoles. Jovens novos, pois vivem dos valores do Evangelho. Respeitam a vida e suscitam a esperança. Jovens diferentes pois marcados pelo selo de Deus. Jovens que acreditem na proposta do Reino de Deus que é sempre maior e sempre desafiador. Jovens como Jesus: alegres, festeiros, simples, companheiros, orantes e sobretudo amigos de outros jovens. E que dizer do desafio de uma boa compreensão e vivência sexual. Aqui o acompanhamento e a pureza de coração devem fazer ecoar verdadeira melodia de liberdade. Ama e faz o que quiseres, dizia Santo Agostinho. Reconheça tua dignidade e saiba a que fostes destinado, diziam os padres da Igreja antiga. Saber-se e compreender-se feitos para amar e viver as pulsões sexuais de forma feliz e marcadas pelo amor e para o amor. São tantos os jovens machucados por desejos vazios e por uma sexualidade mórbida. Aqui a sexualidade se torna conflito e possibilidade de temor, medo e vergonha. Os jovens sabem que Jesus foi sexualmente feliz e íntegro. Jesus foi um jovem pleno em sua sexualidade relacional pois a viveu no amor e na integralidade de seu ser. Precisamos aprender e acompanhar os jovens na busca de maturidade e do equilíbrio sexual em uma nova visão antropológica do humano. Sexualidade como expressão profunda da pessoa humana, aberta aos outros, a si mesmo e a Deus. Viver a sexualidade como lugar e possibilidade de plenitude. Não rejeitar nem sublimar mas compreender e amar com serenidade, sem posse nem violência, vencendo a ansiedade que muitas vezes deprime e esvazia.
Enfim, se fizermos estes três pequenos passos, o do ver, o convidar e sobretudo o acompanhar nossos jovens permanentemente sem esmorecer poderemos cantar: “Virá o dia em que todos ao levantar a vista veremos nesta terra reinar a liberdade” e na última estrofe tão bela: “Protege o seu povo com todo o carinho/ fiel é seu amor em todo o caminho/ assim é o Deus vivo que marcha na história/ bem junto do seu povo, em busca da vitória”. 
          Confiar na juventude é a palavra encantada neste mundo de desencantamentos e simulacros fugazes.
Assim podemos proclamar com João, desde as longínquas terras de Éfeso até os rincões do mundo juvenil: “Aquele que permanece em mim, como eu nele, esse dá muito fruto (Jo 15,5).” Frutos espirituais, psicológicos, coletivos, pessoais, éticos, ecológicos, amorosos e saborosos, pois divinos. 

Dom Vilsom Basso: "A juventude não é o futuro, mas o presente para a Igreja"‏

dom_vilson_bassoA afirmação é do bispo responsável pela juventude no Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão), dom Vilsom Basso, que destacou na coletiva de imprensa desta quinta-feira, 12, a opção preferencial da Igreja pela juventude.
Segundo dom Visom, essa preocupação é traduzida no mundo por meio da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que este ano acontece em Madri, na Espanha, e deverá reunir 2 milhões de jovens de todo o planeta.
“Trata-se de um evento que tem por objetivo energizar nossa juventude. Fazer com que eles tenham mais ânimo, coragem e convicção para trabalhar no meio do povo”, sublinhou. Na América Latina, segundo dom Vilsom, a opção pelos jovens teve início em 1979, com a 3ª Conferência Episcopal Latino Americana de Puebla, no México, quando a Igreja também fez a opção preferencial pelos pobres.
Dom Vilsom também comentou que a Igreja no Brasil fez a opção pela juventude a partir de 1981, com a criação do Setor Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e que hoje essa opção foi reforçada com a aprovação da criação da Comissão Episcopal para a Juventude que foi desmembra da Comissão para o Laicato nos últimos dias durante a 49ª AG.
“Foi uma decisão importante e profética pela importância que a juventude tem na sociedade e na Igreja e quando a Conferência toma essa decisão ela diz que estará com assessores, padres e leigos, preocupada especialmente com a evangelização da juventude isso traz esperança e alegria”, aprovou o bispo.
JMJ-2011
O bispo trouxe ainda alguns dados sobre a participação brasileira na Jornada Mundial da Juventude 2011. De acordo com ele, a CNBB participará do evento com uma delegação oficial de 350 jovens e 60 bispos. O total de jovens brasileiros inscritos para o evento, porém, já ultrapassa os 10 mil. O encontro dos jovens com o papa deverá reunir 2 milhões de jovens entre os dias 16 e 21 de agosto. Esta é a 12ª edição do evento que foi criado pelo papa João Paulo II em 1986, quando aconteceu pela primeira vez em Roma, na Itália.

Assembléia Geral da CNBB realiza celebração ecumênica no Centro de Eventos Padre Coelho‏

Assembléia Geral da CNBB realiza celebração ecumênica no Centro de Eventos Padre Coelho
Uma celebração ecumênica marcou o encerramento das atividades do oitavo dia da 49ª Assembleia Geral da CNBB, que começou no último dia 4 de maio e termina na sexta-feira, 13.

A celebração aconteceu no plenário da Assembleia, no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho e contou com a participação dos mais de 300 bispos e de representantes das Igrejas Episcopal Anglicana do Brasil; Evangélica de Confissão Luterana do Brasil; Sirian ortodoxa do Brasil; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Presbiteriana Unida do Brasil; Apostólica Armênia e Comunidade Evangélica Carisma de São Paulo. O momento teve ainda a participação do rabino Michel Schelesinger, da Comissão Católico Judaica.

Durante sua homilia, o reverendo Gerson Antônio Urban, da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, refletiu sobre o capitalismo e momento atual por que passa a humanidade com o consumismo e o antropocentrismo. “Diante dos interesses políticos e de mercado, precisamos falar da Palavra de Deus, do significado do amor de Deus, num momento em que tudo gira em torno da terra e dos interesses do homem”, sublinhou.

O reverendo diante de mais de 300 bispos da Igreja Católica e de representantes de Igrejas cristãs no Brasil, ressaltou que, “para que homens, mulheres e crianças possam ser mais felizes, é preciso criar um espaço onde não há lágrimas, mas que Deus seja um transformador da nossa realidade. “É preciso deixar que o construtor de jardins continue a levar para a humanidade a felicidade que realmente nós podemos ter, que hoje é esmagada pelo lucro, destruição de florestas, poluição”.

O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB, dom José Alberto Moura, falou da responsabilidade das Igrejas Cristãs em se preocupar com a unidade e as responsabilidades sociais. “Como Igrejas temos a grande responsabilidade de superar as desigualdades que nos impedem de ser luz. Que Deus nos ajude que, com sua graça, implantaremos melhor o seu reino”.

Dom Manoel João Francisco, bispo de Chapecó (SC) e novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) para o próximo quadriênio, destacou os 30 anos da entidade a ser comemorado no próximo ano. Ele chamou a atenção dos presentes na celebração para a importância da promoção do ecumenismo. “Só através da unidade conseguimos formar uma única Igreja capaz de desenvolver trabalhos em prol da humanidade e é assim que iremos caminhar, hoje e sempre”.

Também em nome do Conic, a vice-presidente, presbítera Elinete Wanderley Paes Miller, da Igreja Presbiteriana Unida, falou da alegria da entidade pela eleição do novo presidente da CNBB, cardeal Raymundo Damasceno Assis, e convidou a CNBB a “um diálogo estreito e parceiro na busca pelo ecumenismo”.

O representante da comunidade católico-judaica, Michel Schelesinger, falou dos vínculos entre líderes católicos e judeus no Brasil, “que são constantemente estabelecidos e promovidos como importantes para a unidade e o diálogo inter-religioso”. O rabino lembrou os nomes do novo presidente da CNBB, cardeal Damasceno Assis e do cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, como “promotores incansáveis do diálogo católico-judaico. Schelesinger citou também como promotor do ecumenismo o sociólogo, padre José Bison.


http://www.blogdacnbb.com/2011/05/49-ag-celebracao-ecumenica-acontece-no.html

Dom Eduardo eleito o 1º presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude‏

om Eduardo eleito o 1º presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude
 
Foi eleito na manhã de hoje, 12, o presidente da recém-criada Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude. O escolhido foi o atual responsável pelo Setor Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro da Silva, que é bispo auxiliar de Campo Grande (MS). A Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude é uma nova Comissão, desmembrada da Comissão Episcopal para o Laicato.
 
 

Nota da CNBB em defesa dos indígenas‏

Nota da CNBB em defesa dos indígenas

Os bispos da 49ª Assembleia Geral da CNBB aprovaram, hoje, pela manhã, uma nota em que declaram o compromisso da CNBB com a causa indígena.

"Queremos sensibilizar a sociedade brasileira e chamar a atenção do Governo Federal para que cumpra o seu dever constitucional de demarcar e proteger todas as terras tradicionalmente ocupadas, conforme estabelece o artigo 231, de nossa Carta Magna", diz um dos trechos da nota.

Confira a íntegra da nota.


Compromisso solidário da CNBB com a Causa Indígena no Brasil

“Salva, Senhor, nosso povo” (Jr 31,7)

Reunidos na 49ª Assembléia Geral, nós, bispos do Brasil, mais uma vez tomamos conhecimento dos sofrimentos e injustiças que afetam os povos indígenas do nosso País. Por isso, não podemos deixar de reagir, de forma solidária e comprometida, diante da grave situação em que se encontram tantos desses nossos irmãos.

A V Conferência do Episcopado Latino-Americano e Caribenho, realizada em maio de 2007, declara que “o nosso serviço pastoral à vida plena dos povos indígenas exige que anunciemos Jesus Cristo e a Boa Nova do Reino de Deus, denunciemos as situações de pecado, as estruturas de morte, a violência e as injustiças internas e externas e fomentemos o diálogo intercultural, interreligioso e ecumênico” (DAp 95).

Dentre os mais de 250 povos indígenas do Brasil, cerca de 90 permanecem na condição de isolamento voluntário. Vivem no meio da floresta, mas têm suas vidas ameaçadas pelos grandes projetos governamentais, muitos deles parte do Programa Nacional de Aceleração do Crescimento (PAC), que avançam sobre seus territórios tradicionais. A condição de vulnerabilidade em que se encontram os expõe ao permanente risco de extinção em conseqüência dos sérios danos causados por muitas dessas obras, que se demonstram altamente prejudiciais ao próprio meio ambiente.

Muitos povos indígenas enfrentam conflitos decorrentes da não demarcação de suas terras, perseguição de suas lideranças, ameaças de morte, assassinatos, prisões ilegais, criminalização de suas lutas e outras agressões à sua dignidade e aos seus direitos constitucionais. Esses conflitos são responsáveis pelo alto índice de violência que, de 2003 a 2010, ceifou a vida de 499 indígenas, a maioria deles no Estado do Mato Grosso do Sul. Outros 748 encontram-se presos, porque diante de questões não resolvidas, são levados ao desespero e à agressividade. Pelo menos 60 lideranças respondem processos em conseqüência de suas atuações em defesa de seus territórios. Lamentavelmente, esse quadro tende a se agravar diante da paralisação dos procedimentos de demarcação de novas terras e do avanço dos mais de 400 empreendimentos que atingirão 182 terras já demarcadas.

O tema da Campanha da Fraternidade deste ano tem os contornos de um desafio e de um imperativo: construir e reconstruir a vida no Brasil, no Continente Latino-americano e no planeta Terra como Vida em Fraternidade com os Povos Indígenas: “Uma Terra sem Males”.

Por essa razão, queremos sensibilizar a sociedade brasileira e chamar a atenção do Governo Federal para que cumpra o seu dever constitucional de demarcar e proteger todas as terras tradicionalmente ocupadas, conforme estabelece o artigo 231, de nossa Carta Magna. É necessário ouvir os povos indígenas conforme a decisão da Organização Internacional do Trabalho (OIT) nos projetos que interferem em seus territórios, bem como combater a violência e proteger a integridade física dos membros de suas comunidades.

Confiamos os nossos irmãos indígenas à proteção de Nossa Senhora de Guadalupe e do bem-aventurado José de Anchieta, convictos de que a verdadeira evangelização traz consigo a autêntica promoção social, cultural e econômica.

Aparecida, 12 de maio de 2011.

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Presidente da CNBB
Arcebispo de Mariana – MG

Dom Luiz Soares Vieira
Vice-Presidente da CNBB
Arcebispo de Manaus – AM

Dom Dimas Lara Barbosa
Secretário Geral da CNBB
Arcebispo nomeado para Campo Grande - MS





http://www.blogdacnbb.com/2011/05/nota-da-cnbb-em-defesa-dos-indigenas.html

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Aprovadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil‏

 

Aprovadas as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil

TER, 10 DE MAIO DE 2011 10:12POR: CNBB
 
49ag_aprovacaodiretrizes

A CNBB aprovou, ontem, as novas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (DGAE) para o quadriênio 2011-2015. O Documento obteve 271 votos dos 274 votantes. Houve um voto contrário e dois em branco.
“Evangelizar, a partir de Jesus Cristo e na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (Jo 10,10), rumo ao Reino definitivo”.
Este é o objetivo geral que abre as novas Diretrizes cujo texto é dividido em cinco partes, além de uma introdução e uma conclusão. O Documento tem cerca de 50 páginas e 130 parágrafos.
Veja, abaixo, o esquema geral das novas Diretrizes
OBJETIVO GERAL
INTRODUÇÃO
I - PARTIR DE JESUS CRISTO
II - MARCAS DE NOSSO TEMPO
III - URGÊNCIAS NA AÇÃO EVANGELIZADORA
3.1. Igreja em estado permanente de missão
3.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
3.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
3.4. Igreja: comunidade de comunidades
3.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
IV - PERSPECTIVAS DE AÇÃO
4.1. Igreja em permanente estado de missão
4.2. Igreja: casa da iniciação à vida cristã
4.3. Igreja: lugar de animação bíblica da vida e da pastoral
4.4. Igreja: comunidade de comunidades
4.5. Igreja a serviço da vida plena para todos
V - INDICAÇÕES DE OPERACIONALIZAÇÃO
5.1. O plano como fruto de um processo de planejamento
5.2. Passos metodológicos
CONCLUSÃO: COMPROMISSO DE UNIDADE NA MISSÃO
SIGLAS

sexta-feira, 6 de maio de 2011

No ano da JMJ, juventude passa a ter maior visibilidade na CNBB

Sexta-feira, 06 de maio de 2011, 12h13

No ano da JMJ, juventude passa a ter maior visibilidade
na CNBB

Gracielle Reis
Enviada especial a Aparecida



Robson Siqueira/CN
Dom Eduardo ressalta que a delegação de bispos brasileiros em
Madri será a maior até hoje


Umas das novidades desta 49ª Assembleia Geral da CNBB é a criação da Comissão
Episcopal Pastoral para a Juventude.

Acesse
.: Cobertura completa da Assembleia dos Bispos
2011

.: Fotos da 49ª Assembleia da CNBB no Flickr


A
decisão foi tomada pelos bispos na noite desta quinta-feira, 5, e pretende dar
uma maior visibilidade à juventude nas várias instâncias da Conferência dos
Bispos.

De acordo com o atual Bispo referencial do Setor Juventude da
CNBB e Auxiliar de Campo
Grande (MS), Dom Eduardo Pinheiro, esta comissão terá como atividade principal
alcançar o coração da juventude, seguindo o incentivo dos Papas João Paulo II e
Bento XVI e a opção da Igreja no Brasil pela evangelização dos jovens, como
indica o Documento 85 da CNBB - Evangelização da
Juventude
.

Ouça
.: Podcast: Dom Eduardo fala sobre nova
comissão

"Estamos muito contentes porque tudo isso está acontecendo no mês de Maria e
hoje é dia de Domingos Sávio, este santo jovem da nossa Igreja", comemora o
bispo auxiliar ao explicar que esta comissão surge como consequência de um
trabalho juvenil no país.

Dom Eduardo também fala de sua surpresa pois
mais de 250 bispos votaram a favor da criação da comissão, o que confirma a
prioridade dos jovens dada pelos bispos.  

E justamente no ano da
Jornada Mundial da Juventude (JMJ) os jovens
recebem essa prioridade da CNBB. Para Dom Eduardo, esta comissão vai contribuir
para que o Brasil tenha maior presença nas jornadas mundiais e ressalta que,
para a jornada de Madri, foi a primeira vez em que se organizou uma delegação
nacional com o maior número de bispos brasileiros até hoje presentes numa
jornada. "A gente está vendo uma resposta muito grande dos bispos para esta
jornada", concluiu.

Os assuntos da juventude eram anteriormente
conduzidos por um setor específico dentro da Comissão para o Laicato e a
prosposta para a sua criação foi um pedido dos bispos referenciais da Juventude
nos 17 regionais da CNBB e defendida na Assembleia por Dom Eduardo
Pinheiro.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Começa a 49ª Assembleia da CNBB‏

 


Dom Lorenzo Baldisseri preside missa de abertura da 49ª Assembleia da CNBB em Aparecida

TER, 03 DE MAIO DE 2011 21:58POR: CNBB
E-mailImprimirPDF
rezandoparaagO núncio apostólico no Brasil, dom Lorenzo Baldisseri, preside a missa que abre a 49ª Assembleia Geral da CNBB, nesta quarta-feira, 4, às 7h30 no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida (SP). A missa terá transmissão das TVs e rádios de inspiração católica e contará com a participação dos romeiros de Nossa Senhora Aparecida.
Após a missa, às 9h15, haverá a instalação da Assembleia no Centro de Eventos Padre Vitor Coelho, que fica no pátio do Santuário. O presidente da CNBB, dom Geraldo Lyrio Rocha, fará a saudação inicial e declarará aberta a Assembleia.

Além do presidente da CNBB, comporão a mesa o vice-presidente e arcebispo de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira; o secretário geral e bispo auxiliar do Rio de Janeiro, dom Dimas Lara Barbosa; o arcebispo de Aparecida, cardeal Raymundo Damasceno Assis; o núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri; o reitor do Santuário, padre Darci  Nicioli, e o prefeito da cidade, Antonio Márcio de Siqueira. Toda a cerimônia de instalação da Assembleia será transmitida ao vivo pelas TVs católicas e deverá durar entre 30 e 40 minutos.

A Assembleia da CNBB reunirá, até o dia 13, mais de 300 bispos, incluindo 40 eméritos. Um dos temas centrais são as eleições da nova Presidência da Conferência e dos presidentes das Comissões Episcopais Pastorais da CNBB. As eleições deverão começar somente na segunda-feira, 9, após o retiro espiritual dos bispos, que será nos dias 7 e 8. Outro tema central são as Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.

Pauta da quarta-feira, dia 4

7h30 – Missa com Laudes no Santuário de Aparecida
9h15 – 1ª Sessão – Instalação da Assembleia -    Pró-memória -Comissões de Trabalho
10h45 – Lanche
11h15 – 2ª Sessão – Aprovação da pauta – Acréscimos de pauta – Relatório do Presidente – Apresentação dos novos bispos
12h45 – Almoço
15h30 – Oração (Hora Media)
15h40 – 3ª Sessão – Análise da Conjuntura Social – Márcio Pochmann
17h10 – Lanche
17h40 – Oração (Vésperas)
18h – Análise da Conjuntura Eclesial – Padre Mário de França Miranda
19h30 – Encerramento
20h45 – Reunião do Consep

Central - A 49ª Assembleia da CNBB terá, neste ano, dois temas centrais. O primeiro são as eleições e o segundo são as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil.
Serão eleitos os três membros da Presidência (Presidente, Vice-presidente e Secretário Geral) e os presidentes das Comissões Episcopais Pastorais. Atualmente são dez Comissões.
Prioritários – Serão pelo menos três: Assuntos de Liturgia, Diretrizes do Diaconato e Relatório do Presidente.
Outros – Além dos temas centrais e prioritários, os bispos discutirão outros temas: Análise de Conjuntura Social e Eclesial; Comunicação; Assuntos da Comissão para Doutrina da Fé, incluindo uma reflexão sobre a Exortação Pós-sinodal Verbum Domini.
Comunicações – Haverá, ainda, comunicações sobre os 50 anos do Movimento de Educação de Base (MEB), 5ª Semana Social Brasileira, Jornada Mundial da Juventude, Situação dos Povos Indígenas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Setor de Ensino Religioso da CNBB inaugura Biblioteca Virtual‏

 


 

Setor de Ensino Religioso da CNBB inaugura Biblioteca Virtual

Seg, 25 de Abril de 2011 14:41 / Atualizado - Seg, 25 de Abril de 2011 14:44 por: cnbb
E-mailImprimirPDF
biblioteca_erDe 2008 até os dias atuais, o Setor de Ensino Religioso da CNBB tem se preocupado em revisar e recuperar todo o acervo correspondente as ações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) por mais de três décadas, sobre o Ensino Religioso no Brasil.
Após esses três anos de pesquisa, encabeçada pela assessora do Setor Ensino Religioso, professora Anísia de Paulo Figueiredo, em conjunto com o bispo referencial do Setor, dom Eurico dos Santos Veloso, arcebispo emérito de Juiz de Fora (MG), que a CNBB inaugura a Biblioteca Virtual. Nela (Biblioteca Virtual) está todo o itinerário percorrido durante 30 anos do Ensino Religioso no Brasil, com foco na recuperação, revisão, elaboração e divulgação de documentos inéditos. Outros destaques da Biblioteca ficam por conta dos oito projetos e respectivos programas do Setor, contidos em dois Planos de Pastoral do Secretariado Geral: o 19º - 2008; o 20º, em 2009 – 2011.
Além da assessora do Setor e do bispo referencial, outras pessoas trabalharam na construção do acervo: o arcebispo do Rio de Janeiro e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para Cultura, Educação e Comunicação Social da CNBB, dom Orani João Tempesta; a Comissão de Trabalho de Bispos sobre o Ensino Religioso da CNBB; o Grupo de Assessoria e Pesquisa sobre o Ensino Religioso; Consultores “AD DOC” para assuntos específicos do momento e o Grupos de Apoio Técnico.
Fonte: CNBB

sexta-feira, 8 de abril de 2011

CNBB manifesta apoio à Lei Maria da Penha‏

CNBB manifesta apoio à Lei Maria da Penha

Em nota bispos do Brasil afirmam  que a lei merece ampliar seu alcance e assegurar todos os mecanismos  e instrumentos nela previstos

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, manifestou apoio à Lei Maria da Penha, em nota distribuída nesta terça-feira (22/3/2011). Para a CNBB, “são motivos de preocupação as interpretações restritivas e as tentativas de revisão dos artigos 16 e 41 da lei que diminuem sua eficácia e representam um significativo retrocesso na sua implementação e aplicabilidade”.  A nota afirma que  as restrições à lei resultam em “menor punição aos agressores, aumento do arquivamento dos processos, o desestímulo das mulheres em denunciar e exigir prosseguimento das investigações”.

A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, afirmou que a nota da CNBB é histórica, pois nela “os bispos do Brasil se manifestam contra a violência doméstica e em defesa das mulheres”. “É uma demonstração de que a sociedade não aceita mais a violência contra as mulheres e rejeita qualquer mudança na lei que pune com rigor os agressores”.

A nota foi liberada um dia depois do encontro entre a ministra e os bispos para debater a importância de manter a integridade da Lei Maria da Penha. Na ocasião, a ministra Iriny Lopes pediu o apoio dos bispos brasileiros para ajudar a erradicar a violência doméstica no país.

Para o Presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, “a lei recebeu grande apoio da sociedade e merece ampliar seu alcance, assegurando todos os mecanismos e instrumentos nela previstos de modo que todas as mulheres vítimas de violência tenham seus direitos e sua cidadania garantidos.”.

Leia a integra da nota:
 
NOTA DA CNBB EM DEFESA DA LEI MARIA DA PENHA
 
“Deus os criou homem e mulher” (Gn1,27). 
 
Nós, Bispos do Conselho Episcopal de Pastoral, reunidos em Brasília, nos dias 21 e 22 de março de 2011, manifestamos apoio à mobilização nacional em defesa da Lei Maria da Penha, sancionada pelo Presidente da República no dia 07 de agosto de 2006. Após cinco anos de vigência, a lei recebeu grande apoio da sociedade e merece ampliar seu alcance, assegurando todos os mecanismos e instrumentos nela previstos de modo que todas as mulheres vítimas de violência tenham seus direitos e sua cidadania garantidos.

A Lei representa uma grande conquista para as mulheres brasileiras, pois incorporou o avanço legislativo internacional e se transformou no principal instrumento legal no enfrentamento da violência doméstica contra a mulher no Brasil, inclusive com reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU), como uma das melhores legislações do mundo.

As estatísticas, no entanto, revelam que o país ocupa a 12ª posição no ranking mundial de homicídios femininos (Mapa da violência - 2010, Datasus). No período de 1997 a 2007, 10 mulheres foram assassinadas por dia no Brasil. Isso merece nosso repúdio e indignação.

São, portanto, motivo de preocupação as interpretações restritivas e as tentativas de revisão dos artigos 16 e 41 da lei que diminuem sua eficácia e representam um significativo retrocesso na sua implementação e aplicabilidade.  Tais restrições acarretam menor punição aos agressores, aumento do arquivamento dos processos, o desestímulo das mulheres em denunciar e exigir prosseguimento das investigações.

A Lei Maria da Penha é instrumento que levou a sociedade a realizar ações positivas no enfrentamento dos atos de violência contra a mulher. Cabe aos Poderes Executivo, Judiciário e Legislativo cuidar pela sua manutenção tal como aprovada, não permitindo nenhum tipo de retrocesso ou omissão.

A Igreja, comprometida na defesa dos Direitos Humanos, manifesta-se, mais uma vez, a favor do respeito à dignidade da mulher, incentiva os esforços de instituições e da sociedade na luta pela superação de todo e qualquer tipo de violência, possibilitando a construção de uma cultura de paz no ambiente familiar e social.

Brasília, DF, 22 de março de 2011.
Comunicação Social

terça-feira, 15 de março de 2011

A Palavra de Deus na Vida - CNBB‏

Leituras Relacionadas ao dia 15/03/2011 - CNBB
Roxo. 3ª-feira da 1ª Semana Quaresma

1ª Leitura - Is 55,10-11
A chuva faz a terra germinar.
Leitura do Livro do Profeta Isaías 55,10-11
Isto diz o Senhor:10assim como a chuva e a neve descem do céue para lá não voltam mais,mas vêm irrigar e fecundar a terra,e fazê-la germinare dar semente, para o plantio e para a alimentaçóo,11assim a palavra que sair de minha boca:não voltará para mim vazia;antes, realizará tudo que for de minha vontadee produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la.Palavra do Senhor.


Salmo - Sl 33, 4-5. 6-7. 16-17. 18-19 (R. 18b)
R. O Senhor liberta os justos de todas as angústias.

4Comigo engrandecei ao Senhor Deus, *exaltemos todos juntos o seu nome!5Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, * e de todos os temores me livrou.R.
6Contemplai a sua face e alegrai-vos, *e vosso rosto não se cubra de vergonha!7Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, *e o Senhor o libertou de toda angústia.R.
16O Senhor pousa seus olhos sobre os justos, *e seu ouvido está atento ao seu chamado;17mas ele volta a sua face contra os maus, *para da terra apagar sua lembrança.R.
18Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta *e de todas as angústias os liberta.19Do coração atribulado ele está perto *e conforta os de espírito abatido.R.


Evangelho - Mt 6,7-15
Vós deveis rezar assim.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 6,7-15
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:7Quando orardes,não useis muitas palavras, como fazem os pagãos.Eles pensam que serão ouvidospor força das muitas palavras.8Não sejais como eles,pois vosso Pai sabe do que precisais,muito antes que vós o peçais.9Vós deveis rezar assim:Pai Nosso que estás nos céus,santificado seja o teu nome;10venha o teu Reino;seja feita a tua vontade,assim na terra como nos céus.11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje.12Perdoa as nossas ofensas,assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.13E não nos deixes cair em tentação,mas livra-nos do mal.14De fato, se vós perdoardes aos homensas faltas que eles cometeram,vosso Pai que está nos céustambém vos perdoará.15Mas, se vós não perdoardes aos homens,vosso Pai também não perdoaráas faltas que vós cometestes.Palavra da Salvação.


Reflexão - Mt 6, 7-15
A eficácia da oração não é determinada pela quantidade de palavras nela presentes, pelo seu volume ou pela sua visibilidade, mas antes de tudo pela capacidade de estabelecer um relacionamento sério, profundo e filial com Deus. Quem fala muito, grita e fica repetindo palavras é pagão, que não é capaz de reconhecer a proximidade de Deus e ter uma intimidade de vida com ele. A oração também deve ter um vínculo muito profundo com o próprio desejo de conversão e de busca de vida nova, de modo que ela não seja discursiva, mas existencial e o falar com Deus signifique estabelecer um compromisso de vida com ele e para ele.


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domingo, 13 de março de 2011

Dom Manoel é o novo presidente do CONIC‏

Dom Manoel é o novo presidente do CONIC

Fonte: CNBB
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O bispo da diocese de Chapecó (SC), dom Manoel João Francisco, é o novo presidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC). Ele foi eleito durante a 14ª Assembleia Geral do Conselho, que terminou neste sábado, 12, no Rio de Janeiro. Dom Manoel sucederá ao pastor sinodal Carlos Augusto Möller, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), no cargo desde 2006.
Fundado em 1982, em Porto Alegre (RS), o CONIC é uma associação que reúne cinco Igrejas cristãs: Católica Apostólica Romana; Episcopal Anglicana do Brasil; Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Sirian Ortodoxa de Antioquia; Presbiteriana Unida. Com sede em Brasília, tem entre seus objetivos promover as relações ecumênicas entre as Igrejas cristãs e o testemunho das Igrejas membros na defesa dos direitos humanos.

O atual primeiro vice-presidente do Conselho, dom José Alberto Moura, presidente da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, presidiu a celebração de abertura da Assembleia, que discutiu o tema “Unidade e compromisso com o povo de Deus”.  Participaram da reunião, que começou ontem, 30 pessoas das cinco Igrejas que compõem o CONIC.

“A Assembleia foi marcada por uma atitude de diálogo e convivência entre os delegados das Igrejas membros”, disse o assessor da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB, padre Elias Wolff.

Para a presbítera Elinete Wanderley Paes Miller, da Igreja Presbiteriana Unida (IPU),  “as igrejas estão se fechando cada vez mais”, por isso, é preciso “ampliar o exercício do diálogo, para que o conselho não se restrinja a relações institucionais, mas esteja vivo no cotidiano de nossas comunidades”.

Já a reverenda Cacilene Nobre, também da IPU, é necessário investir mais na defesa dos direitos humanos.  “O CONIC tem uma boa expressão, mas pode melhorar. Precisamos trabalhar mais intensamente na defesa dos Direitos Humanos. Sonhamos com um conselho de igrejas que lute incessantemente pelos direitos das mulheres”.

O assessor da CNBB, por sua vez, ressaltou a esperança no futuro do CONIC. “Não obstante as dificuldades atuais no mundo ecumênico, é de se esperar que esse Conselho de Igrejas, com o apoio das Igrejas membro, consiga fortalecer seus projetos de ação, favorecendo sempre mais o diálogo e a cooperação ecumênica no Brasil”, observou.

Nova diretoria
Além de dom Manoel, da Igreja Católica Romana (ICAR), foram eleitos, para a 1ª vice-presidência, o bispo dom Francisco de Assis da Silva, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil (IEAB), e para a 2ª vice-presidência, a presbítera Elinete wanderlei Paes Muller, da Igreja Presbiteriana Unida (IPU). A secretária eleita foi Zulmira Ines Lourena Gomes da Costa, da Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia (ISOA) e para tesoureiro a Assembleia escolheu o pastor sinodal Altermir Labes, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB).
Para o Conselho Fiscal foram eleitos o pastor Marcos Ebeling (IECLB), mons. Pacheco Filho, da Igreja Católica Romana (ICAR) e Fabiano Nunes (IEAB). O mandato da nova diretoria vai até 2015.

sábado, 12 de março de 2011

CNBB critica "pressa" na votação do novo Código Florestal‏

CNBB critica "pressa" na votação do novo Código Florestal

Campanha da Fraternidade da instituição terá como tema as mudanças climáticas

JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA

O secretário-geral da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Dom Dimas Lara Barbosa, criticou a formulação do novo Código Florestal, que esta em discussão no Congresso.
Dom Dimas disse ontem que a CNBB se preocupa com alguns pontos do texto, entre eles a anistia para pessoas que cometeram crimes ambientais e a redução dos limites ambientais. Ele acrescentou que o novo código deveria tratar com mais respeito as populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas.
"Estamos trabalhando para discutir formas alternativas ao relatório [do novo código]. Nossa preocupação é que não seja votado de forma superficial, apressada", afirmou Dom Dimas.
O relator da nova legislação, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), admitiu que o texto pode ser aperfeiçoado. Mas defendeu que a proposta atual protege os ribeirinhos e indígenas ao reduzir a área de preservação na beira dos rios. Para ele, pela legislação atual, os ribeirinhos são consideradas ilegais.
O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), já prometeu colocar o tema em votação até o fim deste mês. "Não temos pressa. A pressa é do s 5 milhões de pequenos agricultores que estão na ilegalidade [com a legislação em vigor]", disse Rebelo.

CAMPANHA
A CNBB lançou ontem a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é ambiente e aquecimento global. A campanha abordará as razões das mudanças climáticas e tragédias ambientais.
Dom Dimas afirmou que, na campanha, a CNBB pretende criticar os setores que contribuem com o aumento do efeito estufa. Foram citados o agronegócio, a geração de energia suja, como petróleo, gás natural e carvão, e a questão do pré-sal.



Secretaria
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II Simpósio Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social‏

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CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL
Assessoria de Imprensa

RELEASE

2º Simpósio Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social

O Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS), organismo ligado a Comissão Episcopal Pastoral para a Caridade, Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), está promovendo o 2º Simpósio Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social, que acontecerá no Centro de Formação Vicente Cañas, no Jardim Ingá (GO), de 14 a 16 de março.
Segundo o sociólogo e coordenador do Fórum, Ivo Poletto, o objetivo do Simpósio é que os setores sociais (movimentos, organizações, sociedade em geral) e as Igrejas, mobilizados para influir nas políticas públicas, alcancem encaminhamentos concretos sobre a questão ambiental, fazendo frente às mudanças climáticas.
“É o nosso objetivo também disseminar informações, gerar consciência crítica e mobilizar a sociedade civil visando contribuir para o enfrentamento das causas estruturais do aquecimento global que provoca mudanças climáticas em todo o planeta”, destacou o sociólogo.
Está marcado para o último dia do Simpósio, um ato público, para o qual o FMCJS está convidando ministros de Estado e autoridades religiosas, para que, juntos, possam debater sobre perspectivas das políticas públicas sobre mudanças climáticas. Além disso, os participantes aprovarão uma carta-compromisso, em que se estabelecerão metas a serem cumpridas e ações concretas para combater o aquecimento global em território nacional. O local escolhido para o ato público foi o Centro Cultural de Brasília (CCB), que fica na 601 Norte, módulo B.
O Simpósio tem o apoio do Fundo Nacional de Solidariedade, da Campanha da Fraternidade, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB); do Conselho Indigenista Missionário (Cimi); da Misereor (instituição ligada à Igreja Católica da Alemanha); a Agência Católica para o Desenvolvimento Exterior (CAFOD); da DKA; da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE).
Serviço
2º Simpósio Nacional de Mudanças Climáticas e Justiça Social
Quando: 14 a 16 de março
Onde: Centro de Formação Vicente Cañas, Jardim Ingá
Informações:
  • Cleymenne Cerqueira – Cimi (61) 2106-1667/9979-7059 – imprensa@cimi.org.br
  • Ricardo Piantino e Thays Puzzi – Cáritas Brasileira (61) 3214-5422/3214-5415
  • Rodrigo Eneas – CNBB (61) 8409-1028 – imprensa2@cnbb.org.br
BAIXA AQUI OS DOIS ARQUIVOS



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