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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Sem veneno e sem patrão‏

Sem veneno e sem patrão

Cenário do massacre de Carajás hoje abriga assentamento considerado modelo

15/04/2011

Márcio Zonta
de Eldorado dos Carajás (PA)

O Assentamento 17 de abril completa 15 anos de existência, sendo umas das mais emblemáticas conquistas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Os sobreviventes do massacre que ocorreu na curva do S, em Eldorado dos Carajás, no dia 17 de abril de 1996, marcharam e resistiram no local em que hoje está o assentamento.

Se a conquista da terra custou vidas e sequelas graves, o modo como o assentamento desenvolveu-se tornou-se modelo. Em um município dominado pelas grandes fazendas-empresa, caracterizadas pelo desmatamento em prol da agropecuária, o assentamento representa hoje um certo equilíbrio para o abastecimento de alimentação para a cidade.

O povo paraense já sente na mesa da refeição o tratamento desigual dado à agricultura camponesa, comparado ao agronegócio e à monocultura das grandes fazendas. “O segundo maior estado da federação, em extensão de terras, não assegurou ainda sua soberania alimentar. Hoje compra arroz e feijão de Tocantins, Goiás e até São Paulo”, afirma Raimundo Oliveira, líder do PT no sudeste do Pará.

Embora a agricultura camponesa esteja em segundo plano, é responsável por 70% de alimentos consumidos no país, segundo dados do Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

Dados da prefeitura de Eldorado dos Carajás confirmam a importância do assentamento 17 de abril para a cidade, pois possui o maior número de agricultores da região, abastecendo cerca de 20% total do mercado local. O frango, o milho e a mandioca são os produtos mais escoados para a cidade.

A produção de leite também é expressiva. Segundo a prefeitura, de 15 a 20 mil litros de leite são ordenhados por dia, o que representa a média da produção nacional. Além da apicultura, que manda à cidade mais de 200 quilos de mel anualmente. Há também um criadouro com 25 mil peixes.

Diversidade orgânica

Para Altamiro Simplicio da Silva, tudo que se planta “nas terras do assentamento, se colhe”. Em seus 25 hectares, planta milho, cupuaçu, jiló, berinjela, coco, repolho, abóbora, cenoura, alface, beterraba, pimentão, mamão, arroz e caju. “Seu” Altamiro é o maior produtor de cacau na região. Em 2010, colheu 2,5 mil quilos da fruta.
Com uma renda mensal em torno de R$ 6 mil e R$ 7 mil , o agricultor afirma não utilizar nenhum fertilizante, herbicida ou veneno. “Eu mesmo faço tudo, com o esterco de galinha, de boi e com as folhas secas. Além da produção diversificada, que ajuda a proteger contra pragas, economizo dinheiro e não enveneno meus alimentos”, relata.

O agrônomo e assentado Alessandro dos Santos Silva diz que é uma prática dos agricultores não utilizar venenos em suas plantações e diversificar ao máximo, assim como ele que planta milho, melancia, mandioca, tem um criadouro de peixe, e ainda possui gados leiteiros.

Subsistência

Hoje, cerca das 700 famílias que vivem nos 37 mil hectares do assentamento, têm seus ganhos de diferentes maneiras. Jeová Cavalcanti, o segundo cadastrado para conseguir um lote na então fazenda Macaxeira, por exemplo, vive da venda do leite para a cidade, porém toda a alimentação de sua família é retirada do lote, onde planta arroz, maracujá, milho, feijão, abacate, goiaba, manga e limão, além de criar porco e galinha.”Dificilmente vou ao mercado na cidade comprar algo, pois daqui eu tiro tudo”.

Outro exemplo é Raimundo Silva. “Criei meus 13 filhos com o que plantei nesta terra”. Para o agrônomo Silva, essa é uma característica dos assentamentos. “As pessoas decidem o modo como querem viver e participam da vida política do local. Temos acesso às terras e ao seu meio de produção”. Criado no assentamento17 de abril, Silva reconhece que mesmo formado, não poderia discutir os rumos da produção agrônoma em uma fazenda “convencional”. “Viveria escravo de macroeconomia, decidida pelos que dominam a produção e a terra”, define.

EU APOIO A TRANSMISSÃO DA NOVELA "AMOR E REVOLUÇÃO" NA EMISSORA SBT!‏

Meus Amigos,

Há uma campanha dos militares para proibir a exibição da novela do SBT sobre o período da ditadura. Ajude a combater esta censura com este abaixo assinado.

Acabei de ler e assinar este abaixo-assinado online:

«EU APOIO A TRANSMISSÃO DA NOVELA "AMOR E REVOLUÇÃO" NA EMISSORA SBT!»

http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8794

Eu concordo com este abaixo-assinado e acho que também concordaras.

Assina o abaixo-assinado aqui http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8794 e divulga-o por teus contatos.

Obrigado.
XENOCRATES AMON MELLO

Esta mensagem foi enviada por XENOCRATES AMON MELLO (xenocrates@pjsp.org.br), através do serviço http://www.peticaopublica.com.br em relação ao abaixo-assinado http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N8794

Manifesto ABRAPSO. Pelo direito à memória, justiça e verdade

Manifesto ABRAPSO. Pelo direito à memória, justiça e verdade

No dia 31 de março de 2011 completou 47 anos do Golpe Militar, data que deveria ser lembrada com vergonha e pesar por todo e qualquer brasileiro, porém, não foi o que ocorreu. Nesta data, a Comissão Interclubes Militares divulgou, sem qualquer pudor, nota na qual distorce fatos e enaltece o Golpe, como se esta fosse uma boa resposta à demanda da população.
A Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO) vem por meio deste, manifestar seu repúdio a essa nota, bem como a quaisquer outras manifestações que distorçam os fatos do período da ditadura, acreditando ser a memória um instrumento de luta política sem o qual as novas gerações ficam completamente à mercê da repetição dos mesmos equívocos outrora cometidos.
Omitir o direito à memória de uma Nação é tirar-lhe uma grande gama das possibilidades de seu futuro, é submeter-lhe novamente ao terror vivenciado e permitir que as coisas se repitam cotidianamente, com aparência distinta, mas a mesma violência. Ou não seria fruto desta amnésia imposta o crescente extermínio de jovens negros e indígenas, de homossexuais e também a forte repressão e criminalização dos movimentos sociais?
Não são poucas as denúncias que s meios de comunicação de massa, a mídia alternativa e os movimentos sociais têm feito de abusos por parte da polícia militar na repressão ao direito dos cidadãos de se manifestarem. Haja vista a recente prisão de treze pessoas que se manifestaram em um ato político contra a vinda do presidente estadunidense Barack Obama.
Também não são poucas as denúncias de tortura, perseguição política, encarceramento indevido, desaparecimento forçado, disseminação do medo na população pela manutenção de uma suposta harmonia social. O que evidencia que o aparato repressor do Estado brasileiro ainda se utiliza dos métodos tão largamente utilizados durante a ditadura civil-militar.
Frente a tais fatos, a Associação Brasileira de Psicologia Social sente-se na obrigação de explicitar os ditos fatos e reivindicar:
- O direito à memória e justiça da população, o fim da anistia aos torturadores e a construção de uma Comissão da Verdade em nosso país.
- O fim da criminalização dos movimentos sociais, da perseguição política e do encarceramento indevido.
- O respeito ao direito de livre manifestação da população e o fim da repressão e violência contra os manifestantes.
- A averiguação dos assassinatos de jovens e o fim da criminalização da pobreza.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOLOGIA SOCIAL
06 de abril de 2011.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Alerta importante: companheiros ameaçados em Goiás‏

Olá Companheiros(as),



Os últimos dias tem sido de terror e preocupação para os(as) companheiros(as) da Casa da Juventude Pe. Burnier e para os parceiros da luta contra a violência e o extermínio de jovens no estado de Goiás. Trata-se da ação de uma complexa rede de grupos de extermínio com envolvimento de policiais militares que há muito tempo vem sendo denunciada em todo o estado e que, nos últimos meses, vem sendo desarticulada por uma operação da Polícia Federal http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=3071&Itemid=0, a operação "Não Matarás". Segundo dados da própria PF mais de 40 casos podem ter o envolvimento destes grupos a maioria com participação da polícia militar, são dezenas de jovens mortos e inúmeros casos de torturas, muitas delas documentadas em vídeos como fora recentemente veiculado na imprensa em nível nacional.



Ao lado desta operação da Polícia Federal ameaças vem sendo realizadas contra os militantes de direitos humanos do estado, e, em especial, contra o querido Pe. Geraldo, Diretor Geral da Casa da Juventude Pe. Burnier; contra o Deputado Estadual Mauro Rubem e contra o seu assessor, Fábio Fazzion. Trata-se de uma situação delicada com pessoas sendo ameaçadas de morte e fortes indícios de participação estatal no caso. É preciso que uma ampla frente se estabeleça em defesa deste militantes e que uma operação federal preserve a vida destes(as) companheiros(as).



Não vamos nos calar. Estamos tomando as medidas cabíveis e tornaremos público este fato denunciando-o nacional e internacionalmente.

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MANIFESTO CONTRA A VIOLÊNCIA EM GOIÁS



Os responsáveis pelas Pastorais da Arquidiocese de Goiás, como Bispo Dom Eugênio Rixen e vários outros assinam uma carta se posicionando contra todo ato de violência contra cidadãos, especialmente contra os jovens, cometidos por alguns policiais militares do Estado.
No documento, eles também manifestam apoio e solidariedade ao Deputado Estadual Mauro Rubem, presidente da Comissão Especial dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, ao seu assessor, Fábio Fazzion e ao Padre Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, Diretor da Casa da Juventude Pe. Burnier, devido à ameaças sofridas pelos mesmos por fazerem parte da Comissão Especial de Defesa da Cidadania, que averigua o desaparecimento de 35 jovens por grupo de extermínio ligados a alguns policiais.
Segue, abaixo, o documento na íntegra:
A todo o povo da diocese de Goiás, às autoridades do Estado à imprensa,
A Diocese de Goiás, que reúne as comunidades católicas de 23 municípios do centro-oeste goiano, na fidelidade ao Evangelho e ao seguimento de Jesus Cristo, neste tempo de preparação à Paixão-Ressurreição de seu Senhor, vem publicamente afirmar o valor da vida, da solidariedade, da justiça e sua opção pelos excluídos.
Por isso queremos repudiar veementemente a todo ato de violência impetrado por alguns policiais militares contra cidadãos e especialmente jovens no estado de Goiás e em todo o país.
Diante das agressões que estão acontecendo, manifestamos nosso apoio e solidariedade a todas iniciativas que protegem a vida: as denúncias da imprensa, a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, o Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial e a Comissão Especial de Defesa da Cidadania.
O Deputado Estadual Mauro Rubem, presidente da Comissão Especial dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, seu assessor, Fábio Fazzion e o Padre Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, Diretor da Casa da Juventude de Goiânia estão sendo ameaçados por fazerem parte da Comissão Especial de Defesa da Cidadania, criada pelo Governo do Estado para averiguar o desaparecimento de 35 jovens por grupo de extermínio ligados a alguns policiais. Condenamos todos os atos de pressão e de intimidação contra essas pessoas, provocados por esses maus servidores que atuam na Segurança Pública do nosso Estado.
Que cesse toda a violência e toda forma de terror!
Como os torturadores e assassinos de Jesus, esses maus servidores "não sabem o que fazem" (Lc 23, 24), mas vale também para eles o mandamento de Deus, "não matarás"! (Ex 20, 13).








NÃO MATARÁS - Polícia Federal garante que investigação está só começandoprintE-mail






SEXTO MANDAMENTO 
Objetivo é desvendar mais de 40 crimes em que há suspeita de envolvimento de policiais
O Popular, Cidades, 16/02/10
Rosana Melo e Almiro Marcos


O superintendente da Polícia Federal (PF)em Goiás, delegado Carlos Antônio da Silva, disse ontem que a prisão de 19 militares goianos suspeitos de envolvimento em um grupo de extermínio, na Operação Sexto Mandamento, representa apenas o início das investigações sobre a morte de mais de 40 pessoas no Estado. "Eles agiam de forma aleatória na escolha das vítimas, que geralmente contrariavam interesses do grupo, mas mataram muita gente inocente, que estava no lugar e na hora errados", contou.
Carlos Antônio da Silva disse que contra 17 militares a PF já tem provas técnicas sólidas do envolvimento de cada um deles no grupo de extermínio investigado há mais de 1 ano pela PF e revelou que foi em 22 de novembro do ano passado a última ação criminosa conhecida do bando.
Nesta data, os jovens Adriano Souza Matos e Bruno Elvys Lopes desapareceram depois de uma abordagem de policiais do Batalhão de Choque da PM às vítimas nas proximidades do Parque de Exposições Agropecuárias da Nova Vila. Segundo o superintendente da PF, o caso está resolvido. "Temos provas como escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, depoimentos de testemunhas, entre outras provas muito robustas que incriminam os militares suspeitos", revelou.
Carlos Antônio disse ainda que a operação buscou resguardar a Polícia Militar como instituição perante a opinião pública. "Estancamos o quadro crítico de desvio de condutas de policiais. A PM agora está oxigenada".
Outros locais
Além das cidades relacionadas na ação da PF, que desencadeou a Operação Sexto Mandamento, existem denúncias e outras investigações relacionadas com outros locais do Estado. Ainda em 2008, por exemplo, Polícia Civil e Ministério Público (MP) investigavam a existência de extermínio em dez cidades: Goiânia, Aparecida, Aragarças, Rio Verde, Jataí, Santa Helena, Mineiros, Formosa, Inhumas e Hidrolândia. Além disso, ao longo dos últimos anos, execuções ocorreram em várias outras cidades goianas, inclusive no Entorno do Distrito Federal (DF) (ver quadro).
Um dos exemplos da ação de grupo de extermínio que levou à prisão de policiais foi em Aragarças, na divisa com o Mato Grosso. Policiais militares teriam adotado o papel de justiceiros para atuar na região pelo menos desde 2006. O núcleo do bando estava montado dentro do Grupo de Patrulhamento Tático (GPT) de Aragarças. Eles foram acusados pelo MP de participação na morte de nove pessoas e na tentativa de mais uma. Mas também havia suspeita de envolvimento no sumiço de outras. As vítimas eram, em sua maioria, envolvidas em pequenos delitos (como furto, uso e posse de droga) e em tráfico de entorpecentes.
Os policiais presos foram os tenentes Neydimar da Silva Camilo (apontado como o líder do grupo) e Gustavo Rocha, o sargento Celso Pereira de Oliveira e os soldados Odair Fernando Souza de Oliveira, Antônio Divino da Silva Moreira e João Oliveira Diniz Júnior.
Dentre os meios de transporte utilizados nos crimes, estavam motocicletas. De acordo com as investigações do MP, veículos do GPT, que estavam em patrulhamento nos mesmos dias dos crimes, dariam cobertura à fuga dos criminosos.
Enquanto as investigações foram levadas adiante, houve tentativa de intimidação de autoridades. A casa da delegada que atuava na cidade foi alvejada por tiros, assim como seu carro foi riscado com a letra M (de morte). Ela foi afastada da cidade por motivo de segurança.
Além disso, as promotoras que atuavam no caso andavam com escolta policial 24 horas por dia e moravam no município vizinho de Barra do Garças (MT), do outro lado da ponte do Rio Araguaia. O clima da cidade era de terror, mesmo após o afastamento e prisão dos policiais militares.
Os policiais estavam recolhidos no presídio militar na capital, no Batalhão Anhanguera, mas tiveram de ser transferidos para o Presídio Federal de Campo Grande (MS). O MP descobriu que os presos tinham privilégios e que saíam da cadeia militar até mesmo para festas e bebedeiras. Antes da transferência para o presídio federal, o sargento Celso fugiu.
Mais do que os casos em que os suspeitos são denunciados, há também aqueles em que os responsáveis não são descobertos. Ainda em 2008,em Inhumas, famílias de vítimas de homicídio reclamavam que as investigações sobre os casos não avançavam. Havia suspeita de participação de PMs nos crimes. Em dois anos, pelo menos 20 homicídios ocorreram na cidade com características semelhantes: duplas em motos abordavam as vítimas e as executavam. Boa parte dos mortos tinha registro de ficha criminal.
Outros casos
Veja alguns fatos envolvendo policiais militares:
NOVO GAMA

Em 1999, 19 policiais militares foram presos acusados de participação na morte do carroceiro José Roberto Correia Leite, o Bertinho, em Novo Gama. Eles seriam integrantes de um grupo de extermínio que agia na região. Até o ano passado, parte deles continuava recebendo salários do Estado.


ÁGUAS LINDAS E ENTORNO DO DF

Em 2000, o líder comunitário João Elísio, de Águas Lindas, foi morto em circunstâncias mal esclarecidas. Ele vinha denunciando a existência de execuções na região, que atuava principalmente na morte de pequenos criminosos. Após o crime, entidades ligadas aos Direitos Humanos denunciaram a ação de policiais em grupos de execução em 12 municípios do Entorno do Distrito Federal.


PLANALTINA DE GOIÁS

Em 2005, dez acusados de integrar um grupo de extermínio foram presos pela Polícia Civil em Planaltina de Goiás. Eles eram suspeitos da participação na morte de 53 pessoas no município em apenas dois anos. As vítimas tinham passagens por crimes como furto, roubo e tráfico de drogas. O processo ainda tramita pela Justiça.


VALPARAÍSO

Em 2005, quatro suspeitos da participação em um grupo de extermínio (policiais militares entre eles) foram presos em Valparaíso. Eles eram acusados da participação na morte de 18 pessoas em cidades do Entorno e no interior de Goiás. O grupo seria o responsável pela tentativa de homicídio do prefeito de Valparaíso, José Valdécio, e de promotores e juízes em Brasília.
ARAGARÇAS
No início de 2008, seis policiais militares (dois deles oficiais) foram presos sob acusação de participação em um grupo de extermínio em Aragarças e Barra do Garças (MT). Eles foram acusados de participação na morte de nove pessoas e mais uma tentativa de homicídio. Havia também suspeita de participação no desaparecimento de outras. O grupo estaria agindo pelo menos desde 2006. Os policiais presos foram Neydimar da Silva Camilo (tenente), Gustavo Rocha (tenente), Odair Fernando Souza de Oliveira (soldado), Antônio Divino da Silva Moreira (soldado), João Oliveira Diniz Júnior (soldado) e Celso Pereira de Oliveira (sargento), sendo que esse último depois fugiu. Em novembro de 2008, o grupo foi transferido para o presídio federal de Campo Grande (MS), pois tinha privilégios no presídio militar onde estava recolhido em Goiânia
OUTRAS CIDADES
Em 2008, a Polícia Civil de Goiás investigava a existência de grupos de extermínio, com a participação de policiais militares, em sete cidades: Goiânia, Aparecida, Rio Verde, Jataí, Santa Helena, Mineiros e Aragarças. Além de ter informações sobre estas cidades já citadas, o MP também denunciava a existência de mais ocorrências nas cidades de Formosa, Inhumas e Hidrolândia. Na maioria dos casos, não houve confirmação posterior de prisões de suspeitos.
Em 7 anos, 224 confrontos
Rosana Melo
Cerca de 9% dos assassinatos ocorridos em Goiânia nos últimos sete anos aconteceram durante supostos confrontos entre policiais militares e bandidos. É o que revela a estatística da Delegacia de Investigações de Homicídios.
Neste período foram registrados 2.429 homicídios na capital. Destes, 224 assassinatos ocorreram durante supostos confrontos. Todos os casos foram investigados pela Corregedoria da Polícia Militar, pela Delegacia de Homicídios e pelo Ministério Público.
De acordo com o procurador-geral de Justiça de Goiás, Eduardo Abdon Moura, em alguns destes casos - não disse quantos ou quais porque o processo corre em segredo de Justiça -, descobriu-se que não aconteceram confrontos mas execuções sumárias. Suposta ação do grupo de extermínio em ação desde 1996, segundo o procurador-geral do Ministério Pública.
Coronel investigado em crime
Rosana Melo
Exonerado ontem do cargo de subcomandante e de chefe do Estado Maior da Polícia Militar, o coronel Carlos Cézar Macário assumiu as funções no dia 4 de janeiro deste ano, depois de ter o nome escolhido pelo governador Marconi Perillo por seus "importantes trabalhos à corporação".
Atuante e sempre na linha de frente, coronel Macário tem 51 anos e entrou para a Polícia Militar em 1983. Formado em Direito, já foi comandante das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do 9º e do 13º batalhões, em Goiânia, e do Batalhão Ambiental. Antes de assumir o cargo de subcomandante, esteve à frente do 8º Comando Regional da corporação em Rio Verde. No interior, já foi subcomandante do 10º Batalhão em Luziânia.
O militar já recebeu várias condecorações, como a Medalha do Mérito Legislativo Pedro Ludovico Teixeira, medalha do Guardião, do Gabinete Militar e medalha do 150 anos da Polícia Militar. Coronel Macário é um dos investigados no desaparecimento do soldado Rones Dias, que trabalhava como motorista do coronel quando este comandou o 13º Batalhão da PM em Goiânia. Rones desapareceu em 7 de dezembro de 2005. Uma das primeiras pessoas a chegar ao apartamento do soldado foi o coronel, segundo as investigações. Elas apontam que a morte teria sido queima de arquivo.
'Papai faz, mamãe cria e nós mata', diz adesivo
Rosana Melo
Uma das figuras mais emblemáticas da Polícia Militar da atualidade, o tenente-coronel Ricardo Rocha Batista, de 37 anos, está fora de combate até segunda ordem da Justiça. Ontem ele foi preso preventivamente e será transferido para o presídio federal de Catanduvas (PR), com outros 16 militares.
Ricardo Rocha entrou para a PM em 1991. Já comandou as Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam) em 2004 - ano que a PM mais matou em Goiás -, esteve nos comandos de Rio Verde, Formosa e atualmente estava no Grupo de Patrulhamento Aéreo (Graer) da PM. Ano passado, chegou a se candidatar a deputado estadual, mas teve a candidatura cassada pela Justiça Eleitoral.
O tenente-coronel responde na Justiça goiana a processos criminais de homicídios, todos qualificados, contra Rodrigo da Costa Torres, morto em setembro de 2002, em Goiânia, e Marcelo Coka da Silva, morto em setembro de 2004 também em Goiânia.
Em Rio Verde, ele é acusado de matar Cláudio Antônio Schu, Paulino de Almeida, Natron Rodrigues da Silva, Longuimário Coelho de Andrade e Aleandro Ribeiro Silva, às margens de um córrego, em 10 de outubro de 2003.
Ele é suspeito das mortes de Cleiton Silva Sousa, Gilson da Silva Rocha, Nilton Alves Rocha Júnior, Marcondes da Silva Carvalho e Amilton Pereira Rocha, em Cachoeira Alta, no dia 6 de março de 2006.
Consta ainda na Justiça contra o militar, processo que apura a morte de Alessandro Ferreira Rodrigues, o Nego Léo, morto em setembro de 2006; o assassinato do adolescente David Morais, em 11 de março de 2001; de Bruno dos Anjos Ribeiro, em junho de 2004; além de denúncias de abuso de autoridade e de ameaças contra testemunhas.
Afastamento

Quando comandava o batalhão de Formosa, o então major foi acusado de envolvimento em assassinatos ocorridos em Flores de Goiás e Alvorada do Norte. O Ministério Público chegou a pedir o afastamento dele do cargo e Ricardo Rocha e outros seis militares, os sargentos Wanderley Ferreira dos Santos, Gerson Marques Ferreira e Gilson Cardoso dos Santos e os soldados Francisco Emerson Leitão de Oliveira, Ederson Trindade e Lourival Torres Inez, foram presos temporariamente. Geson Marques Ferreira e Ederson Trindade foram presos ontem pela PF junto com Ricardo Rocha.
Eles teriam matado três pessoas acusadas de furtar propriedades rurais naqueles municípios. Em uma das ações, testemunhas contaram que no carro usado pelos militares havia um adesivo com os dizeres: "Papai faz, mamãe cria e nós mata".
Em entrevista concedida no ano passado ao POPULAR, o tenente-coronel Ricardo Rocha negou integrar um grupo de extermínio e se defendeu dizendo que é um militar voltado aos interesses de Goiás. Durante a entrevista, disse que em casos de confrontos com bandidos, atira para matar.


  • Fonte: O Popular, Cidades, 16/02/10
    http://www.opopular.com.br/




  • Clique e confira vídeo de policiais militares agredindo jovem de 15 anos.


  • http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=3071&Itemid=0

    Artistas Marciais, Mestres e Atletas realizam ato de repudio a Violência‏

    Em três meses, mais de 60 crianças e adolescentes já foram vítimas de violência, abuso e exploração sexual‏

    Jovens de classe média alta se envolvem em confusões por falta de limites, diz psicóloga‏

    Carta manifesto contra violencia policial‏

    Segue carta. Vamos divulgar e publicar nos sites.

    Bjs!

    http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=3101&Itemid=2#

    Os responsáveis pelas Pastorais da Arquidiocese de Goiás, como Bispo Dom Eugênio Rixen e vários outros assinam uma carta se posicionando contra todo ato de violência contra cidadãos, especialmente contra os jovens, cometidos por alguns policiais militares do Estado.
    No documento, eles também manifestam apoio e solidariedade ao Deputado Estadual Mauro Rubem, presidente da Comissão Especial dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, ao seu assessor, Fábio Fazzion e ao Padre Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, Diretor da Casa da Juventude Pe. Burnier, devido à ameaças sofridas pelos mesmos por fazerem parte da Comissão Especial de Defesa da Cidadania, que averigua o desaparecimento de 35 jovens por grupo de extermínio ligados a alguns policiais.
    Segue, abaixo, o documento na íntegra:
    A todo o povo da diocese de Goiás, às autoridades do Estado à imprensa,
    A Diocese de Goiás, que reúne as comunidades católicas de 23 municípios do centro-oeste goiano, na fidelidade ao Evangelho e ao seguimento de Jesus Cristo, neste tempo de preparação à Paixão-Ressurreição de seu Senhor, vem publicamente afirmar o valor da vida, da solidariedade, da justiça e sua opção pelos excluídos.
    Por isso queremos repudiar veementemente a todo ato de violência impetrado por alguns policiais militares contra cidadãos e especialmente jovens no estado de Goiás e em todo o país.
    Diante das agressões que estão acontecendo, manifestamos nosso apoio e solidariedade a todas iniciativas que protegem a vida: as denúncias da imprensa, a Campanha Nacional Contra a Violência e Extermínio de Jovens, o Comitê Goiano pelo Fim da Violência Policial e a Comissão Especial de Defesa da Cidadania.
    O Deputado Estadual Mauro Rubem, presidente da Comissão Especial dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, seu assessor, Fábio Fazzion e o Padre Geraldo Marcos Labarrère Nascimento, Diretor da Casa da Juventude de Goiânia estão sendo ameaçados por fazerem parte da Comissão Especial de Defesa da Cidadania, criada pelo Governo do Estado para averiguar o desaparecimento de 35 jovens por grupo de extermínio ligados a alguns policiais. Condenamos todos os atos de pressão e de intimidação contra essas pessoas, provocados por esses maus servidores que atuam na Segurança Pública do nosso Estado.
    Que cesse toda a violência e toda forma de terror!
    Como os torturadores e assassinos de Jesus, esses maus servidores "não sabem o que fazem" (Lc 23, 24), mas vale também para eles o mandamento de Deus, "não matarás"! (Ex 20, 13).
    Seguem as assinaturas dos responsáveis das Pastorais da Diocese de Goiás.

    quinta-feira, 31 de março de 2011

    “Ano Mundial dos Afrodescendentes”‏

    Contra a intolerância
    A ONU declarou 2011 o “Ano Mundial dos Afrodescendentes” e parece que o tema é realmente atual, ao contrário do que desejam alguns.

    Logo após a visita do presidente dos Estados Unidos Barack Obama ao Brasil, aconteceu um encontro entre brasileiros e norte-americana para discutir o Plano de Ação Conjunta Brasil-Estados Unidos para a Promoção da Igualdade Étnica e Racial. Isso aconteceu dia 21 de março, Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial.

    No dia seguinte (22), a Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou a proposta que institui a criação da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi-RJ). A aprovação transforma em lei a especializada que existe em São Paulo desde 2006 e que havia sido vetada pelo governador Sérgio Cabral.

    Finalmente, hoje e amanhã (31), na Universidade de Brasília (UNB) acontece o seminário “Racismo, Igualdade e Políticas Públicas”. O evento tem como objetivo discutir o racismo a partir da perspectiva das políticas públicas para seu enfrentamento.

    Estes são apenas alguns eventos relacionados ao debate sobre a questão racial que aconteceram na última semana. Por detrás deles está a realidade de discriminação e desigualdades presentes há alguns séculos na sociedade brasileira. Se, ao contrário dos Estados Unidos, não tivemos nosso apartheid, por outro lado, fomos o último país do mundo a abolir a escravidão, e seguimos mantendo as desigualdades raciais mascaradas no dia a dia.

    Ainda que o racismo não seja uma invenção brasileira, está mais do que na hora de encontrarmos nossas soluções para suas conseqüências. Políticas públicas que busquem contrabalançar as diferenças entre brancos e negros e combater a discriminação são tema atual e urgente da agenda nacional. Razão pela qual não podemos deixar de reconhecer a importância de cada iniciativa que surge nesse país, como as destacadas acima.


    Fonte: Observatório de Favelas

    Comblin morreu no quase esquecido Recanto da Transfiguração

    Comblin morreu no quase esquecido Recanto da Transfiguração
    Segunda-feira, 28 de março de 2011 - 9h22min


    por Pe Edegard Silva Júnior

    É terceiro domingo da quaresma, o evangelho apresenta Jesus na beira do poço pedindo água a mulher samaritana. Na cidade de São Salvador da Bahia chove muito. Longe do centro turístico, na região metropolitana, bem na divisa entre Salvador e Simões Filho, num bairro pobre e meio esquecido está o "Recanto da Transfiguração" - uma comunidade de consagradas que vivem a espiritualidade trinitária. Foi nesta casa simples e acolhedora que José Comblin se encontrava. Foi cercado de gente simples que ele celebrou há dias atrás, seus 88 anos de vida, com direito a bolo e vela para apagar.

    Comblim, em 1997
    Ao lado da capela num simples quarto, na manhã do dia 27 de março, embalado nos braços da Trindade Santa, José foi para casa do Pai.

    Recebi o telefonema do Frei Luciano da CPT e imediatamente segui para local. No caminho fui avisando aos amigos e amigas, que pudessem ir para lá.

    Cheguei no Recanto da Transfiguração... Comblin estava na cama onde tinha dado o último suspiro. O semblante tranquilo de quem morreu como tinha sonhado... cheguei bem perto, peguei em sua mão, afagei seu rosto e lembrei naquele instante de pessoas que gostariam de fazer aquele mesmo gesto... e disse baixinho: "José esse aperto de mão é em nome do Beozzo, do CESEP, do CEBI, do Carlos Mestres, da Ivone Gebara, das faculdades de teologia onde você lecionou, do Fr Betto, do Marcelo Barros,do Ir Bruno de Taizé, das Comunidades eclesiais de base...e tantos e tantas... é também em nome da Teologia da Enxada!

    Na sala, ao lado do quarto, estavam Frei Luis Cappio, Bispo da Barra (BA), onde atualmente residia Comblin; também Eduardo Hoonaert e a esposa e a Mônica que o acompanhava. Dom Cappio nos convida a celebrar a Eucaristia. Pegamos juntos o corpo do José, levamos para capela, e numa celebração simples, familiar de pouco mais de vinte pessoas, entoamos canções que marcaram a história das comunidades. Rezamos, ouvimos o testemunho dos que ali estavam e dos amigos que conviveram com Comblin.

    Terminada a celebração embalados por canções e preces nos despedimos. Pe José Comblin será sepultado na Paraíba. Lá seu corpo será semeado, no mesmo chão nordestino que acolheu Pe Ibiapina, Padre Cícero, Margarida Maria Alves, Dom Hélder Câmara...

    Fechei alguns botões da sua camisa; no quarto onde veio a falecer, coloquei no guarda roupa os óculos que ainda estavam sobre a cama. Lá fora a chuva caia fina, algumas pessoas ainda chegavam, quase todos sempre com o mesmo sentimento: Muito obrigado José Comblin!

    Recordei sua profecia, seus escritos, sua lucidez...e me veio no pensamento a canção:

    E agora, José?

    A festa acabou,

    a luz apagou,

    o povo sumiu,

    a noite esfriou,

    e agora, José?


    Luciana Duarte




    Alessandra Miranda de Souza

    (62)8575-8977
    www.casadajuventude.org.br

    Dom Erwin Krautler entrega representação à vice-procuradora Geral da República contra Belo Monte‏

    Dom Erwin Krautler entrega representação à vice-procuradora Geral da República contra Belo Monte

    domerwinkrautler_premioNa tarde da última sexta-feira, 25, dom Erwin Krautler, presidente do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e bispo da prelazia do Xingu (PA) entregou à vice-procuradora Geral da República e procuradora Geral em exercício, doutora Deborah Duprat, representação denunciando irregularidades que margeiam o projeto de construção da hidrelétrica de Belo Monte. Entre as denúncias está a utilização de má fé do conteúdo das reuniões informativas realizadas com as comunidades indígenas ameaçadas pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte, convertendo-as em falsas oitivas indígenas.
    De acordo com o cacique Zé Carlos Arara, o grupo assinou a ata do encontro justamente para comprovar que não era oitiva indígena, para provar que era uma reunião de fechamento de um trabalho realizado junto com a comunidade.

    Carta aberta

    Ainda na manhã de sexta-feira, dom Erwin emitiu carta aberta à opinião pública nacional e internacional, denunciando esta e outras irregularidades que envolvem o empreendimento, previsto para ser construído no rio Xingu, Pará. Além das falsas oitivas indígenas realizadas, o documento revela a preocupação e questionamentos em relação à obra, que trará impactos a diversas comunidades indígenas, ribeirinhas e camponesas da região.
    A obra atingirá, especialmente, os municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Porto de Moz, Senador José Porfírio e Vitória do Xingu. Muitos moradores dessas localidades ficarão sem água em decorrência da redução do volume hídrico; a população crescerá mais que 100%. Altamira tem atualmente uma população de 105 mil pessoas.
    Para dom Erwin, nenhuma 'condicionante' será capaz de justificar a UHE Belo Monte. "Jamais aceitaremos esse projeto de morte. Continuaremos a apoiar a luta dos povos do Xingu contra a construção desse monumento à insanidade”, afirmou.

    sábado, 26 de março de 2011

    Homicídio de jovens é “epidemia” no Brasil

    Homicídio de jovens é “epidemia” no Brasil
    Camila Queiroz
    Jornalista da ADITAL
    No próximo dia 26, jovens capixabas se reunirão para organizar as ações da Campanha Estadual contra a Violência e o Extermínio de Jovens. O encontro será às 10h30, na Mitra Arquidiocesana de Vitória, na Cidade Alta. No mesmo dia, a campanha realizará o Seminário de Formação "Políticas Públicas de Juventude e Segurança Pública: desafios e perspectivas”, das 13 às 18 horas, no Auditório do Colégio Agostiniano, Parque Moscoso.
    Essas ações visam combater o alto índice de morte entre os jovens no estado, que, de acordo com o Mapa da Violência 2011 – Os jovens do Brasil, elaborado pelo Instituto Sangari em parceria com o Ministério da Justiça, tem o segundo maior índice de homicídios entre os jovens no país, com 120 para cada grupo de 100 mil.
    No levantamento feito pelo Mapa, o Espírito Santo perde apenas para Alagoas com: 125,3 homicídios em cada 100 mil habitantes. O Mapa caracteriza o número de homicídios de jovens como uma "epidemia”. O Brasil é o 6º país em taxas de homicídios nessa população. Em 1º lugar está El Salvador, com 105,6.
    "Os 34,6 milhões de jovens que o IBGE estima que existiam no Brasil em 2008, representavam 18,3% do total da população. Mas os 18.321 homicídios que o DATASUS registra para esse ano duplicam exatamente essa proporção: 36,6%, indicando que a vitimização juvenil alcança proporções muito sérias”, alerta o estudo, que tem como objetivo subsidiar, com informações, políticas públicas de enfrentamento à violência.
    É na faixa "jovem”, dos 15 aos 24 anos, que os homicídios atingem taxas mais cruéis: em torno de 63 homicídios por 100 mil jovens. Já entre a população não-jovem, houve uma leve queda nos índices de homicídios: de 21,2 em cem mil habitantes, no ano de 1998, para 20,5 em 2008. "Isso evidencia, de forma clara, que os avanços da violência homicida no Brasil das últimas décadas tiveram como motor exclusivo e excludente a morte de jovens”, afirma o Mapa.
    A situação piora bastante quando o jovem é negro. Enquanto o número de homicídios entre jovens brancos caiu no período de 2002 a 2008, passando de 6.592 para 4.582 (30% de redução), entre os jovens negros a taxa subiu de 11.308 para 12.749, um aumento de 13%.
    Para cada branco assassinado em 2008, mais de 2 negros morreram nas mesmas circunstâncias. A "brecha” de mortalidade entre brancos e negros cresceu 43% no pequeno período estudado. "Pelo balanço histórico dos últimos anos, a tendência desses níveis pesados de vitimização é crescer ainda mais”, aponta a pesquisa.
    Com relação ao sexo, acima de 90% das mortes são de pessoas do sexo masculino, um nível alarmante que, segundo o estudo, desequilibra a composição da população adulta. Anualmente, o Brasil perde 40 mil homens devido aos homicídios.
    As mortes causadas por acidentes de transporte também apresentam maior taxa para os jovens: 26,5% para a população total e 32,4% para a população jovem. Entretanto, segundo o Mapa, este não pode ser considerado um índice de vitimização dos jovens.
    O Mapa da Violência 2011 pode ser baixado, em versão integral, no sítio do Ministério da Justiça (http://portal.mj.gov.br/data/Pages/MJEBAC1DBEITEMIDDD6FC83AAA9443839282FD58A5474435PTBRIE.htm)

    terça-feira, 22 de março de 2011

    Audiência Pública - Segurança Pública e Cidadania‏

    Olá companheiros de luta pela paz!! BAIXA O ANEXO AQUI
    Chegou um momento de podermos contribuir, participando deste momento histórico!!!

    "Se é pra ir pra luta eu vou, se é pra tá presente eu to ...O que vale é o amor"
    abc


    O FORSEP - Fórum de Segurança Pública com Cidadania, fruto da Campanha da Fraternidade 2009, "Fraternidade e Segurança Pública - A Paz é fruto da Justiça", que tinha como finalidade de colaborar na criação de condições para que o Evangelho seja mais bem vivido em nossa sociedade por meio da promoção de uma cultura da paz, fundamentada na justiça social (D. Dimas Lara Barbosa, na Apresentação do texto-base da CF).

    A iniciativa nasceu da convicção de que como cristãos não podemos nos omitir e ignorar a nossa responsabilidade na política social que se manifesta com a participação na vida pública.

    "Não pode existir democracia verdadeira e estável sem justiça social, sem divisão real de poderes e sem a vigência do estado de direito" (Documento de Aparecida, 76).

    A segurança pública não pode se restringir a fortalecer a repressão policial, mas deve ser o resultado do acesso ao bem comum,  dever do Estado, direito do cidadão.
    Por isso se faz necessária a sua participação na audiência pública que se realizará no dia: 05/04/2011, às 13h30, na Assembleia Legislativa.

    Encontro Católico de Lideranças Políticas‏

    Encontro Católico de Lideranças Políticas


    CLASP e Pastoral de Fé e Política                                              
    CONSELHO DE LEIGOS DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
    Pastoral de Fé e Politica convidam:

    ENCONTRO CATÓLICO DE LIDERANÇAS POLÍTICAS:
    LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS E DE MOVIMENTOS SOCIAIS, PARLAMENTARES, ASSESSORES POLÍTICOS, SERVIDORES PÚBLICOS DO EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO.

    Tema: “Democracia: limites e desafios”
    Dia 09 de abril de 2011, sábado, das 09h às 13 horas

    Local: Câmara Municipal de São Paulo
    Viaduto Jacareí, 100   -   Sala Oscar Pedroso Horta   –   Sala B  -   1º. Sub-solo
    Objetivo: refletir sobre a Democracia, seus limites e desafios considerando os princípios da Doutrina Social da Igreja a fim de promover maior consciência política e cidadã dos cristãos católicos que atuam nos espaços públicos de poder e decisão.
    Programação:
    09h00 – Recepção
    09h15 – Acolhida e Mística (Pastoral de Fé e Política e CLASP)
    Coordenação da Mesa: Caci Amaral (Past. Fé e Política) e Antonio Zanon(CLASP)
    09h30 – “Política e os princípios da Doutrina Social da Igreja”
    (Ms. Edson G. P. O. Silva)
    10h00 – “Democracia: liberal, representativa e participativa”
    (Prof. Dr. Wagner Pralon Mancuso – USP)
    11h00 – Plenária e encaminhamentos
    12h00 – Palavra do Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo metropolitano de São Paulo
    13h00 – Encerramento
    Confirmar presença: E-mail laicato_clasp@hotmail.com ou telefone (11) 2577 5948 (Meire – período da tarde)

    Policiais militares integram grupos de extermínio‏

    Policiais militares integram grupos de extermínio
    Fr. Marcos Sassatelli
    Frade Dominicano. Doutor em Filosofia e em Teologia Moral. Prof. na Pós-Graduação em DD.HH. (Comissão Dominicana Justiça e Paz do Brasil/PUC-GO). Vigário Episcopal do Vicariato Oeste da Arq. de Goiânia. Admin. Paroq. da Paróquia N. Sra. da Terra
    Adital
    "Operação Sexto Mandamento”. "Fim do poder bandido”. Esta é a manchete da primeira página do Diário da Manhã do dia 16 de fevereiro/11. Em seguida - sempre na primeira página - o jornal escreve: "Dezenove policiais militares goianos foram presos ontem (dia 15) em operação da Polícia Federal por integrarem grupo de extermínio. Investigados são suspeitos de formação de quadrilha, prevaricação, homicídio e ocultação de cadáver. Os crimes ocorreram em cinco diferentes municípios. Entre 40 e 50 foram mortos em 15 anos. Os ex-secretários de Estado Jorcelino Braga (Fazenda) e Ernesto Roller (Segurança) foram ouvidos, suspeitos de tráfico de influência, que teria beneficiado organização criminosa com promoções. O ex-governador Alcides Rodrigues também será investigado”.
    Operações semelhantes à de Goiás acontecem também em outros Estados do Brasil. No Rio de Janeiro, por exemplo, a Operação Guilhotina, deflagrada pela Polícia Federal no dia 11 de fevereiro/11, "prendeu policiais civis e militares envolvidos com crimes graves, como desvio de armas e drogas, envolvimento em milícias, participação em grupos de extermínio e vazamento de informações sobre ações policiais” (Folha de S. Paulo. 21/02/11, p. A2).
    Todos sabemos, há muito tempo, da participação e do envolvimento de policiais militares em grupos de extermínio. Só não temos provas concretas. No Estado de Goiás, a Operação Sexto Mandamento da Polícia Federal, embora realizada com atraso, é um sinal de esperança, é uma pequena luz no fim do túnel. Esperamos que esta operação e outras que poderão e deverão ser deflagradas representem realmente o "fim do poder bandido”.
    Esperamos também que todos os que integram grupos de extermínio - civis ou policiais militares - sejam (respeitando sempre os direitos humanos) processados, julgados e exemplarmente punidos. O maior número de vítimas desses grupos de extermínio são jovens e adolescentes. Como diz a Campanha da Pastoral da Juventude (PJ) do Brasil: "Chega de violência e extermínio da juventude”! Não dá para aceitar uma prática nazista em pleno século XXI! Não dá para tolerar tanta iniquidade!
    É realmente revoltante ler no jornal O Popular as seguintes manchetes: "Militares matam e recebem elogios”. "PM faz louvor à violência e usa o termo morte em confronto para justificar execuções sumárias”. Depois das manchetes, o jornal afirma: "Na Polícia Militar (PM) não são incomuns os elogios formais a policiais que matam em ocorrências – nem mesmo naqueles casos em que a morte se dá em circunstâncias obscuras, de difícil apuração de responsabilidades. A Operação Sexto Mandamento da Polícia Federal, que prendeu 19 militares acusados de integrar grupos de extermínio em atuação há mais de dez anos em Goiás, revelou que a alegação "morte em confronto”, tão utilizada em relatórios da PM, se tornou um eficiente artifício para justificar execuções sumárias durante ação policial” (28/02/11, p. 2).
    O mesmo jornal continua dizendo: "O louvor à violência, presente em algumas sindicâncias, dificulta ainda mais o trabalho de apuração de responsabilidades e reproduz uma cultura que muitas vezes beneficia o policial truculento, em detrimento daquele que utiliza expediente de uso gradual da força, segundo a necessidade” (Ib.).
    E ainda: "50 pessoas foram mortas em supostos confrontos com a polícia no ano passado em Goiânia. Quase o dobro de 2009, quando 27 pessoas morreram nas mesmas circunstâncias”. É um dado muito preocupante. Existem sindicâncias "que enaltecem e indicam promoções a policiais envolvidos em ocorrências com mortes, muitas vezes desprovidas de provas suficientes para sequer inocentar esses policiais” (Ib.).
    Numa dessas operações da polícia, que resultou na execução de um dos envolvidos em um assalto, o sindicante (policial que assina o texto da sindicância, que apura o caso) afirma que "não houve cometimento de crime por parte de policiais militares, que não cometeram excessos em suas ações”; diz também que os policiais foram "audaciosos e destemidos”; que "vislumbra ação meritória praticada pelos bravos policiais, que desencadearam ação com excelente resultado e exemplo positivo; conclui afirmando que a ação "merece destaque pelo profissionalismo” e, por isso, encaminha os autos à Comissão de Promoções e Medalhas (Ib.). Que mentalidade! Que atraso cultural!
    Infelizmente, esta mentalidade e este atraso cultural é bastante comum no meio dos policiais militares. Parece que se tornou, para muitos deles (não digo, para todos), um estilo de vida, um jeito de ser.
    Só para lembrar mais um exemplo: em fevereiro/05, à época do bárbaro despejo dos moradores da ocupação "Sonho Real” do Parque Oeste Industrial, nas chamadas operações "Inquietação” e "Triunfo”, foi usada a mesma linguagem de exaltação da ação dos policiais militares. A nota, publicada depois de concluídas as operações, foi simplesmente repugnante. Elogiou o profissionalismo dos militares e, de maneira desrespeitosa, chegou a citar São Paulo, dizendo que os militares "combateram o bom combate”.
    Nestes dias, o jornal O Popular teve acesso a um dos inquéritos da operação Sexto Mandamento e, em reportagem exclusiva do dia 3 de março/11, "mostra detalhes da violência e banalização das mortes atribuídas a policiais” (1a. página), contando, com requinte de crueldade, histórias horripilantes e mórbidas. Em gravação telefônica um policial militar afirma: "Eu mato. Eu mato por prazer e satisfação (…). Eu nunca irei mudar... Um pouquinho de sangue na farda, né chefe, sem novidade, comandante” (p. 3). O pior é que "diálogos sugerem ligações com membros do Executivo e com o alto comando da PM, troca de favores, acobertamentos, repasses de dinheiro e promoções” (1a. página). O descaramento é tanto, que não dá para acreditar!
    Em pleno século XXI - por incrível que pareça - ainda existe (de fato e não de direito) a pena de morte, às vezes praticada com sadismo, como algo normal. Para citar um exemplo, no dia 31 de agosto/10, o então deputado estadual José Nelto, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública nos surpreendeu a todos, proferindo a seguinte frase: "Policial que mata bandido merece uma medalha".
    Graças à Deus, a postura do deputado causou profunda indignação em diversos setores da sociedade civíl e foi repudiada pelo Conselho nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União; pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana; pela Comissão de Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa da Assembléia Legislativa; e por muitas outras Entidades ou pessoas (Cf. Diário da Manhã, 02/09/09, p. 8).
    Numa entrevista -concedida ao jornal O Popular, no dia 26 de fevereiro/11- o major e deputado estadual Júnio Alves Araujo fez uma defesa contundente dos policiais militares e afirmou que "há relação entre trabalho em excesso e mortes” (p. 3). A afirmação do deputado não se sustenta. O trabalho em excesso dos policiais militares (como de outros profissionais) deve ser combatido, mas ele não justifica e não legitima as execuções. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém (bandido ou não). Matar é um crime. E ainda: os policiais militares não só não têm o direito de matar, mas também não têm o direito de realizar abordagens de maneira grosseira, truculenta e violenta, desrespeitando e humilhando as pessoas, como é bastante comum acontecer.
    Enfim, esperamos que o governo do Estado de Goiás - como prometeu - investigue, o mais rápido possível, os casos das pessoas (pelo menos 26) que sumiram após abordagem policial. Numa série de reportagens com a pergunta: "Onde eles estão?”, publicadas na primeira metade de janeiro/11, o jornal O Popular - depois do levantamento de dados - afirma que "o numero de desparecidos em Goiás após abordagem policial nos últimos dez anos é maior que o de goianos desaparecidos políticos durante o regime militar” (O Popular, 09/01/11, p. 4). Os familiares dos desaparecidos e a própria sociedade exigem e têm direito a uma resposta.
    Hoje, graças a Deus, não temos só fatos negativos, mas também muitos fatos positivos, que nos edificam e nos incentivam a continuar a luta por um mundo melhor. Um destes fatos é o extraordinário exemplo de consciência ética e de verdadeiro heroísmo que os soldados da Líbia, neste momento difícil e conturbado de sua história, nos deram. Segundo informou a Federação Internacional pelos Direitos Humanos, 130 soldados foram executados por se negarem a disparar nas multidões de civis que protestavam contra o governo (Cf. O Popular, 24/02/11, p. 20). Que testemunho bonito de dignidade e coragem!
    Em Goiás e certamente em outros Estados também, além de investigar os casos - que são sempre mais frequentes - de violência policial, é preciso atingir o mal pela raiz, tomando algumas medidas urgentes. É preciso, antes de tudo, repensar o modelo de segurança pública como um todo. É preciso, também, possibilitar aos policiais militares uma "outra formação”, ou seja, uma formação humana integral e libertadora - baseada na ética e no respeito aos direitos humanos - que suscite nos próprios policiais militares uma nova mentalidade e crie uma nova cultura. É preciso, ainda, tornar as instituições de segurança pública mais presentes na vida das comunidades, mais próximas do povo, convivendo com ele e partilhando seus problemas. Todos devemos estar comprometidos com esta construção coletiva, atendendo ao clamor de nossa sociedade. A vida em primeiro lugar!
    Goiânia, 03 de março de 2011

    GASOLINA - FEVEREIRO, MARÇO E ABRIL(REPASSE!!!‏

    segunda-feira, 21 de março de 2011

    Fórum Social Mundial - trajetória, perspectivas e limites‏

    Prezados/as,

    O Instituto Humanitas Unisinos - IHU convida para participar do evento
    Fórum Social Mundial - trajetória, perspectivas e limites - IHU
    Idéias que ocorrerá no dia 14 de abril de 2011.

    As inscrições estão abertas no site do IHU
    (http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_eventos&Itemid=19&task=detalhe&id=244)

    Atenciosamente,



    .::Bruna Ribeiro::..
    Instituto Humanitas Unisinos - IHU
    Fone: (51) 3590-8474 Ramal 1195
    Visite: www.unisinos.br/ihu

    Campanha do Ano Internacional dos Afrodescendentes‏

    SEPPIR lança campanha do Ano Internacional dos
    Afrodescendentes e celebra oito anos de criação do órgão

    Hoje, 21 de março, às 17 horas, no auditório do Bloco A, Subsolo, Esplanada dos Ministérios

    A atividade acontece no Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, em alusão ao massacre de Sharpeville, que vitimou dezenas de manifestantes que protestavam contra a Lei do Passe, na África do Sul, em 1960. A data foi instituída por resolução da Organização das Nações Unidas (ONU), que também declarou 2011 como Ano Internacional dos Povos Afrodescendentes.

    Programação
    Além do lançamento da campanha, que marca o fortalecimento da atuação do Estado brasileiro pela garantia de igualdade de oportunidades à população negra, haverá a entrega do Selo Educação para a Igualdade Racial. Destinado a escolas, secretarias municipais e estaduais de educação, o selo contempla iniciativas exitosas na implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana, conforme prevê a Lei 10.639/2003.
    A programação inclui ainda, homenagens à professora doutora Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva, primeira mulher negra a ter assento no Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação (CNE/MEC), pelos relevantes serviços prestados ao país. Consta também uma premiação a crianças vencedoras do concurso cultural As Cores do Saber, iniciativa realizada pela parceria BR Petrobras/Seppir. No mesmo ato, a Petrobras assinará dois protocolos de intenções que visam a ações para promover o Estatuto da Igualdade Racial.
    Também será assinado um acordo de cooperação técnica entre a SEPPIR, o governo do estado do Rio Grande do Sul e o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja). O acordo tem como objeto a conjugação de esforços para o apoio ao desenvolvimento das comunidades quilombolas daquele estado, especialmente as contempladas pelos Programas Brasil Quilombola (PBQ) e Territórios da Cidadania (TC), mediante a articulação de políticas públicas dos governos federal, estadual e municipais. Inicialmente, as regiões atingidas pela estiagem serão foco das ações direcionadas às áreas de direito a cidadania, acesso a terra, desenvolvimento local e inclusão produtiva, infra-estrutura e qualidade de vida.


    Selo da Educação

    Lançado em 2010, o Selo da Educação para a Igualdade Racial irá premiar as primeiras experiências exitosas de escolas e secretarias de Educação que implementaram a Lei nº 10.639/03. O projeto tem como objetivo contribuir para a construção, em sala de aula, de conhecimentos que valorizem o patrimônio histórico e cultural dos povos negros no Brasil e na África. E que apontem para a riqueza da diversidade cultural como marca da sociedade do país, fortalecendo, com isto, a identidade nacional.
    O Selo de Educação é uma parceria da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC (SECAD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e Conselho Nacional de Secretários de Educação (CONSED).
    As unidades escolares e secretarias estaduais e municipais de Educação puderam inscriver suas ações até o fim de 2010 e, na comemoração do Dia Internacional pela Eliminação da Desigualdade Racial, as selecionadas receberão da SEPPIR seus certificados, além de kit com símbolos que caracaterizarão a instituição premiada e kit com livros e outros materiais didáticos. Serão 16 agraciadas que se destacaram na implantação das diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, tendo como foco a Lei nº 10.639/03 e o Estatuto da Igualdade Racial.
    A seleção dos avaliadores foi feita pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Estado da Bahia (IFBA), mediante análise do currículo Lattes, de ações desenvolvidas na área, da participação em cursos de aperfeiçoamento e eventos, e de publicações produzidas acerca da temática.
    Significado gráfico – O leiaute do Selo de Educação para a Igualdade Racial é composto por modelos de adinkras que pretendem representar os objetivos a serem reconhecidos. Adinkras são símbolos e manifestações culturais de povos africanos que representam provérbios e aforismos. Constituem um código de conhecimento estabelecido por meio de ideogramas impressos e repetidos, referentes à crença e à história desse povo. A adinkra Ananse Ntontan, projetada em marca d’água no selo, representa sabedoria e criatividade.

    (LISTA ATUALIZADA. FAVOR DESCONSIDERAR A ANTERIOR) 

    SELO DA EDUCAÇÃO PARA A IGUALDADE

    INSTITUIÇÕES APROVADAS



    1)    COLÉGIO ESTADUAL DUQUE DE CAXIAS - ESCOLA QUILOMBOLA - BA

    2)    ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA E PROFISSIONAL FUNDAÇÃO BRADESCO - MA

    3)   ESCOLA ESTADUAL VERENA LEITE DE BRITO (ÁREA QUILOMBOLA) - MT

    4)    ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL FIRMO SANTINO DA SILVA - PB (ESCOLA QUILOMBOLA).

     

    5)     ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL OSNÍ MEDEIROS RÉGIS - SC


    6)    ESCOLA MUNICIPAL ENSINO FUNDAMENTAL  MÁRIO QUINTANA  PORTO ALEGRE - RS

    7)     ESCOLA MUNICIPAL FLORESTAM FERNANDES - MG

    8)     COLÉGIO ESTADUAL DE CRISTALÂNDIA - TO

    9)     SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BELO HORIZONTE - MG

    10) INSTITUTO  ANÍSIO  TEIXEIRA - SECRET. ESTADUAL DE EDUCAÇÃO  - BA

    11) SECRETARIA MUNICIPAL DA EDUCAÇÃO DE SÃO FRANCISCO DO CONDE - BA

    12) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE REDENÇÃO - CE

    13) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MESQUITA - RJ

             14) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PORTEIRAS - CE

    15) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE MONTES CLAROS - MG


    16) SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE ARAUCÁRIA - PR





    ------------------------------------------------
    21/03/2011
    Brasília – Distrito Federal – Brasil
    Comunicação Social
    Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR
    (61) 3411-4977 / 3696 / 3670

    (Encaminhando) Protagonismo juvenil marca composição do Conselho Municipal de Juventude em Muriaé/MG‏

    Emcaminhando:

    Protagonismo juvenil marca composição do Conselho Municipal de Juventude em Muriaé
    Na tarde do dia 17 de março, foi criado e constituído o Conselho Municipal de Juventude, em um cenário indefinido até o início da reunião, Vinnicius Ventura, 25 anos, conselheiro da sociedade civil sagrou-se Presidente do Conselho com 100% dos votos.
    Vinnicius Ventura é integrante e assessor da Pastoral da Juventude, Assistente Social e Coordenador do Programa PROJOVEM Adolescente em Muriaé, e foi eleito representando o Instituto de formação popular. Além disso, sua candidatura contou com apoio, das entidades governamentais e não governamentais presentes.
    A eleição de cerca de 90% de jovens na diretoria do conselho, é fruto do debate político do Seminário municipal de políticas públicas para a juventude. Formulação programática adequada à realidade da juventude muriaeense, atuação consistente nos movimentos sociais e nos movimentos juvenis, relação democrática e respeitosa com conjunto de atores envolvidos na pauta juvenil e orientação tática ajustada aos desafios da atual geração foram a receita da fórmula vitoriosa da tarde do dia 17/03.
    No dia 31 de Março, a partir das 18hs, no Teatro Zacarias Marques realizará solenidade de posse do Conselho Municipal da Juventude – COMJUV.
    Com a convicção de que Vinnicius Ventura fará uma grande gestão a frente do COMJUV, inscrevendo decisivamente seu nome na história da juventude muriaeense.
    O novo presidente do COMJUV reconhece os avanços obtidos na gestão do presidente Lula, mas ressalta que muito ainda precisa ser feito para que as políticas de juventude se transformem, de fato, em uma política de Estado. “Quero representar o conjunto da juventude em toda a sua diversidade. Tenho convicção de que será preciso muita luta e unidade dos movimentos para garantir a estruturação das políticas sociais, universais e específicas para os (as) jovens muriaeenses”.
    A diretoria eleita ficou assim constituída:
    Presidente - Vinicius Mendes Ventura - IFOP
    Vice-presidente - Victor Hastenreiter - Secretaria Municipal de Ação Social - SMAS
    Secretária - Juliana Correa - PJ
    Vice-secretária - Vanilda Ferreira - rede de escolas estaduais e professores
    Tesoureira - Adelina - SMAS
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    WWF Brasil diz que campo-grandense gosta de carne,cerveja e ar-condicionado‏

    WWF Brasil diz que campo-grandense gosta de carne, cerveja e ar-condicionado

    Pesquisa poderá nortear políticas públicas e estratégias empresariais

    aulo Fernandes

    Nelsinho Trad recebeu dados que estarão no relatório da WWF Brasil(foto: divulgação)
    O prefeito Nelsinho Trad recebeu nesta sexta-feira as informações da Pegada Ecológica de Campo Grande, feita pela WWF Brasil. O estudo feito com base na pesquisa de orçamento familiar comprova em números o que todo mundo já sabe: o campo-grandense consome muita carne e bebidas alcoólicas, além de usar muito ar-condicionado.
    Campo Grande foi a primeira cidade do Brasil a fazer a Pegada Ecológica. O levantamento mostra o padrão de consumo do campo-grandense e os recursos naturais que são consumidos, mas os números só serão divulgados no dia 1º de abril.
    De acordo com o coordenador do programa Cerrado do Pantanal da WWF Brasil, Michael Becker, os dados são importantes para nortear políticas públicas e estratégias empresariais para reduzir o impacto no meio-ambiente.
    Becker explicou que o objetivo não é mudar os hábitos de consumo, mas amenizar os impactos. “Detectamos um alto consumo de energia, principalmente em ar-condicionado. Não quer dizer que tem que desligar o ar-condicionado no calor de Campo Grande, mas implementar a eficiência energética”, disse.
    Ele afirmou que a população pode contribuir comprando produtos orgânicos, lâmpadas frias e madeira certificada. “Aqui, em Campo Grande, já tem um bom exemplo que é o uso da carne orgânica certificada nas escolas”, contou. A WWF Brasil fez ainda mobilizações nas escolas municipais para explicar a importância de hábitos de consumo conscientes.
    “Acredito que Campo Grande está no caminho correto. Esperamos monitorar em longo prazo, para acompanhar nos próximos 5 ou 6 anos”, disse o coordenador do programa Cerrado do Pantanal.
    O prefeito Nelsinho Trad ficou feliz com o resultado do levantamento. Ele disse que espera que o próximo prefeito possa dar sequência ao trabalho e que coloque em prática uma política de desenvolvimento sustentável.
    “Estamos satisfeitos e vamos continuar com a parceria. Quem não encarar assim [reconhecendo a importância do desenvolvimento sustentável], sofrerá graves conseqüências”, afirmou.